De acordo com o levantamento, onze clubes da liga inglesa contam hoje com empresas de apostas como patrocinadoras principais. Clubes como AFC Bournemouth, Fulham e Wolverhampton estão entre os mais expostos, com contratos que ultrapassam em muito os valores de mercado justo.
O Bournemouth, por exemplo, possui um acordo com a marca BJ88 no valor de £ 6,1 milhões por ano, 49% acima do valor de referência.
Mercado inflado artificialmente
O estudo revela que as casas de apostas vêm sustentando o mercado de patrocínios da Premier League, pagando valores consideravelmente maiores do que marcas de outros setores estariam dispostas a desembolsar.
Um executivo de marketing ouvido pela publicação relatou que a maior oferta que recebeu de uma marca não ligada a jogos foi menos da metade do valor oferecido por uma empresa de apostas.
Com a saída desses patrocinadores, os clubes terão que enfrentar um mercado mais competitivo, em que será difícil encontrar parceiros capazes de manter os mesmos níveis de receita. Isso deve forçar uma recalibração no valor de mercado dos patrocínios, afetando especialmente os clubes fora do chamado “Big Six”.
Impacto desigual e corrida por alternativas
A previsão é que clubes menores sejam os mais prejudicados, o que pode aumentar ainda mais a distância financeira entre os grandes e os pequenos da liga.
O estudo estima que, em média, os clubes que hoje têm acordos com casas de apostas perderão 38% do valor atual de seus patrocínios com a entrada em vigor da medida.
Como alternativa, os clubes poderão explorar o espaço das mangas das camisas, que não será afetado pela nova regra. Os acordos de manga representam atualmente cerca de 39% do valor dos patrocínios frontais.
Se as casas de apostas migrarem para essa posição e mantiverem seus altos investimentos, os clubes ainda poderão recuperar parte do prejuízo.
Oportunidade para novas marcas
Apesar do impacto financeiro, a saída das casas de apostas abre uma oportunidade para novas marcas entrarem no cenário da Premier League.
Com menos concorrência e uma queda nos preços, empresas com orçamentos mais modestos poderão fechar acordos com grande visibilidade global por valores mais acessíveis.
Segundo os analistas, trata-se de um “mercado do comprador”, no qual as marcas que mantiverem firmeza nas negociações poderão garantir espaços publicitários de alto impacto por um custo muito abaixo da média histórica.
Fonte: GMB
