A ação judicial foi apresentada em junho em função da divulgação de informações da Abras vinculando a atividade regulada de apostas ao agravamento da insegurança alimentar no país.
A reunião, que ocorreu em São Paulo, foi mediada pelo advogado Luciano Timm, do escritório Carvalho, Machado e Timm Advogados, marcou o início de uma frente de diálogo entre os dois setores. O objetivo é avançar conjuntamente em pautas de interesse mútuo, como a saúde financeira dos consumidores.
“Nós demonstramos à Abras e ao Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), que também esteve na reunião, que o foco do combate, por parte de todos, deve ser o jogo ilegal. As operadoras que não possuem autorização para atuar no Brasil não possuem qualquer preocupação com a integridade das apostas e a proteção dos apostadores. Levamos esse entendimento e vamos aprofundar essas conversas nos próximos encontros”, detalha o presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge.
Os advogados Bernardo Freire (ANJL) e Alexandre Araújo (galera.bet) apontaram o modelo regulatório do Reino Unido como um exemplo de boas práticas para a regulamentação do setor de apostas, que resultou em um elevado índice de direcionamento para o mercado legal.
Os representantes dos dois setores não chegaram a um consenso, porém, em relação à publicidade do mercado de apostas. De um lado, os varejistas defendem uma legislação mais rigorosa e ferramentas de maior controle sobre as propagandas das bets.
De outro, os representantes da indústria, incluindo a ANJL, alertaram que a proibição ou uma eventual excessiva restrição à publicidade só dará mais espaço ao mercado ilegal, deixando os apostadores ainda mais desprotegidos. Fernando Vieira, presidente do Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJR), convidado para a reunião, chamou a atenção para o fato de que cerca de 80% dos apostadores não sabe distinguir uma operadora legal de uma ilegal.
Participaram da reunião: Paulo Pompilio, Rogério Leverin, Marcio Milan e João Galassi (ABRAS); Jorge Gonçalves Filho (IDV), Paula Ornelas (ABIA), Edgard de Castro (AFRAC), Antonio Carlos Stefano (CCB/ACSP), Iasmin Cristina Freitas (ANR), Edvaldo Frasson (ABIC), Julio João Pereira (ANAMACO), Luciana Pellegrino (ABRE), Alessandro Vieira (UNECS), Alexandre Araújo (Galera Brasil), Bernardo Freire e Plinio Lemos Jorge (ANJL) e Fernando Vieira (IBJR).
Fonte: GMB