Games Magazine Brasil - A Bragg fortaleceu sua presença internacional nos últimos anos. Além da Europa e dos EUA, qual é a importância do mercado latino-americano na estratégia comercial da empresa hoje?
Neill Whyte – A região da América Latina tem sido – e continuará sendo – um foco chave para a Bragg, tanto nos últimos 12 meses quanto no futuro. Fizemos vários movimentos e parcerias estratégicas na região, principalmente no Brasil e no Peru, com expansões significativas já em andamento.
Para dar suporte a isso, agora temos uma equipe completa dedicada à América Latina, com vários profissionais atuando e um escritório dedicado em São Paulo. Temos grandes expectativas para este e outros mercados da região, e já estamos construindo o impulso necessário para atingir essas metas.
Dentro da América Latina, o Brasil é visto como o principal motor de crescimento do setor. O país já é o foco principal da Bragg na região ou ainda está em processo de consolidação?
Com o mercado regulado sendo lançado apenas em janeiro de 2025 e um potencial extraordinário, o Brasil é, sem dúvida, um foco principal para a Bragg.
No primeiro dia de abertura do mercado, já estávamos integrados com mais de um terço dos operadores licenciados no Brasil – número que aumentamos para mais de 50% no segundo trimestre de 2025, o que nos posiciona muito bem para um crescimento contínuo.
Segundo estimativas da H2 Gambling Capital, o mercado regulado onshore no Brasil deve atingir US$ 1,4 bilhão em 2025, chegando a US$ 3,7 bilhões em 2029. Ou seja, há muito potencial, e estamos bem posicionados para capturar uma fatia desse mercado com os acordos que já temos e os que ainda estão por vir, além da presença de nossos especialistas locais no escritório de São Paulo e da nossa entidade jurídica localizada. Também realizamos investimentos estratégicos, como a parceria com a RapidPlay, um estúdio de desenvolvimento de conteúdo com base no Brasil que nos ajudará a impulsionar ainda mais esse crescimento.
Com o avanço da regulamentação no Brasil, quais oportunidades e desafios você vê para fornecedores como a Bragg?
Como o mercado ainda é relativamente novo, há grandes oportunidades, e a Bragg está totalmente focada em aproveitá-las. A primeira, e mais óbvia, é expandir nossa presença oferecendo nossos serviços de agregação para a base de operadores licenciados. Podemos oferecer mais de 10.000 títulos de excelentes desenvolvedores de iGaming, combinando conteúdo proprietário exclusivo de nossos estúdios internos com títulos de parceiros selecionados do programa Powered by Bragg.
Isso pode proporcionar uma vantagem competitiva significativa aos operadores para conquistar participação de mercado no Brasil — algo fundamental para o crescimento futuro. Também há a oportunidade no campo da tecnologia, com a oferta do nosso software de gestão de contas de jogadores (PAM), além da solução turnkey completa da Bragg, que inclui o Bragg HUB e nossa ferramenta promocional FUZE™.
Os desafios são similares aos de qualquer outro mercado em estágio inicial. Já percebemos uma disposição dos reguladores em modificar regras, e isso é algo que nós e outros fornecedores teremos que acompanhar e responder conforme acontecer.
O que diferencia o público brasileiro de outros mercados nos quais a Bragg atua? Existe uma estratégia específica voltada aos operadores locais?
Como todo mercado, o Brasil apresenta diferenças em relação à Europa ou a outros mercados de iGaming mais estabelecidos. Na verdade, ele também é distinto dos seus vizinhos na América Latina. Na Bragg, estamos bastante conscientes disso, temos experiência nesse tipo de adaptação e estamos respondendo de forma estratégica.
Investimos em localização, com especialistas locais, uma estrutura de negócios no Brasil (com escritório em São Paulo) e no uso de dados para desenvolver conteúdo de iGaming voltado especificamente para o país e suas particularidades. Embora ainda não sejamos amplamente conhecidos no mercado, temos trabalhado intensamente para aumentar a visibilidade da Bragg, tanto entre os operadores quanto entre os jogadores brasileiros.
A Bragg tem planos de expandir seu portfólio de jogos ou estabelecer parcerias exclusivas com estúdios brasileiros ou desenvolvedores regionais?
Como o Brasil é um mercado-chave para nós, estamos constantemente buscando oportunidades para expandir nosso portfólio de jogos na região, seja por meio de parcerias exclusivas com estúdios brasileiros ou via expansão regional. Embora eu não possa comentar detalhes específicos, certamente anunciaremos novos parceiros no futuro — fiquem de olho!
Considerando o perfil regulatório e competitivo do Brasil, como a Bragg pretende se posicionar frente a outros grandes players que também miram o país?
Ótima pergunta. A resposta mais direta seria: aproveitando ao máximo todo o potencial da nossa operação. Isso inclui nosso amplo conhecimento regulatório em mais de 30 jurisdições ao redor do mundo, além do histórico de estarmos presentes desde o primeiro dia de operação em mercados regulados.
Vamos explorar nosso extenso portfólio de conteúdo de iGaming, parcerias sólidas e soluções tecnológicas — um conjunto que oferece aos nossos parceiros uma vantagem significativa frente à concorrência. Nossa presença local, aliada à nossa estratégia de expansão agressiva no Brasil, também é um diferencial competitivo importante para o negócio.
Quais métricas ou indicadores a Bragg considera mais relevantes para avaliar o sucesso de suas operações no Brasil?
Já anunciamos anteriormente a meta de que o mercado regulado brasileiro represente 10% da receita global da Bragg até o fim de 2025 — um objetivo pelo qual estamos trabalhando duro e que será um importante indicador do nosso sucesso.
Além disso, usamos outras métricas como o percentual de participação na carteira de apostas no Brasil por meio dos produtos e tecnologia da Bragg, além dos nossos cronogramas de desenvolvimento de conteúdo e o quanto conseguimos executá-los. Também observamos o número de parcerias com terceiros e a expansão dos negócios além do conteúdo, entrando cada vez mais na área de tecnologia, como formas de medir nosso sucesso no país.
Fonte: Exclusivo GMB