VIE 5 DE DICIEMBRE DE 2025 - 06:50hs.
Às 14 horas

Fernando Haddad defenderá o aumento do imposto das bets para 18% hoje (12) no Congresso

A comissão mista que analisa a Medida Provisória 1.303/2025 debaterá hoje (12), às 14 horas, as novas regras de tributação sobre aplicações financeiras e ativos virtuais bem como o aumento do imposto das bets, que passará de 12% para 18%. Está confirmada a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A MP prevê a tributação de fundos de investimento hoje isentos, como letras de crédito e fundos imobiliários, que passarão a pagar alíquota de 5% sobre o rendimento. Também inclui, entre outros temas, regras específicas para a tributação de ativos virtuais, operações em bolsa, empréstimos de ativos e investidores estrangeiros, e amplia a tributação sobre as apostas de quota fixa de 12% para 18% sobre o GGR. A medida foi encaminhada ao Congresso Nacional em junho para compensar a revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A comissão mista é presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) e tem como relator o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Ela tem quatro audiências públicas para o mês de agosto, para abordar os diversos temas da MP 1.303. Depois da audiência com Haddad, a comissão vai votar o seu plano de trabalho e alguns requerimentos.

Com o aumento do imposto, as empresas de apostas esportivas e jogos online terão uma carga tributária superior a 55%, o que é apontado pelas entidades do setor como algo impossível de suportar. As associações alegam que algumas empresas poderão desistir de atuar no Brasil e outras, que ainda aguardam a autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), poderão desistir de suas licenças.

O maior risco, segundo as entidades, é o aumento da presença de plataformas ilegais, que não pagam impostos e poderão oferecer odds mais vantajosas para os jogadores.

Como participar

O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e-Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo.

Fonte: GMB