Games Magazine Brasil - Qual é a proposta do Naipe para o mercado brasileiro?
Daniel Álvares – A Weebet, hoje referência no que diz respeito a plataformas no Brasil, vem mais uma vez trazendo grandes novidades. A solução agora está focada no Naipe, dirigida às loterias municipais. Percebemos no mercado uma grande brecha, uma grande vertente onde poderíamos nos incluir com um software prático e acessível para dar toda disponibilidade para quem deseja operar no mercado municipal.
A grande preocupação dos players que atuam no mercado local é justamente isso, porque uma plataforma robusta como a da Weebet acaba sendo um pouco mais cara para uma operação que talvez seja um pouco menor em termos de rentabilidade. Como este produto se adequa a isso?
O Naipe vem exatamente com esse foco, uma tropicalização, tanto em termos de funcionalidade, focado no mercado municipal, na regionalidade, como também em termos de precificação. Então a gente vai apresentar um produto pronto, robusto, com toda a tecnologia que o operador municipal necessita, só que a um preço mais acessível. Então a gente está dando acessibilidade para aqueles operadores iniciais.
Com todos os recursos e ferramentas que uma plataforma de âmbito nacional oferece, como apostas esportivas e jogos online? Como foi estruturado o Naipe?
Vamos ter uma plataforma extremamente completa, tanto no que diz respeito à parte de sportsbook como também a parte de cassino, onde vai contemplar todos os maiores provedores e fornecedores da indústria. Então a gente juntou o útil e o agradável, com uma tecnologia pronta, robusta, só que com um sistema mais prático e acessível, para democratizarmos o mercado.
Como o mercado está recebendo essa nova proposta da Weebet com o Naipe?
Na verdade, essa spinoff que a gente vem fazendo da Weebet está sendo apresentada no 3º Congresso de Loterias Municipais da Analome e teve uma receptividade extremamente positiva, porque focamos a Weebet no mercado estadual e federal para quem tem as licenças nesses âmbitos, e o Naipe para quem tem uma licença municipal. A receptividade que nós estamos tendo é fantástica.
Essa oferta pode permitir, por exemplo, que operadores do mercado negro venham para a legalidade?
Exatamente. Esse é um dos grandes pontos que estamos buscando com a inserção do Naipe no mercado. Hoje existem dois lados, o do não regulado e o regulado. Estamos trazendo uma solução robusta, pronta, com todas as certificações de GLI 33, GLI19, em um sistema prático, usual, acessível e mais barato, financeiramente falando.
Isso faz com que aquelas pessoas, aqueles operadores, que estavam trabalhando e operando no mercado black se posicionem de uma forma diferente. Existe também uma possibilidade para se regularizarem, trabalhar com uma operação séria, robusta, recolhendo todos os impostos. Esse foi o nosso grande objetivo, de democratizar e a trabalhar para afastar cada vez mais esse mercado black.
Essa é uma pauta que a Weebet e agora o Naipe vem trabalhando já desde o momento da regulamentação. Então, sem dúvidas, esse é um marco que a gente está trabalhando para que a gente cada vez mais afaste a irregularidade e a ilegalidade, trazendo mais benefício pra sociedade.
Como a Weebet vê esse momento de transição em que se fala em aumento de impostos? Qual a avaliação de vocês em relação a isso?
No que diz respeito à licença federal, vemos que há uma insegurança jurídica no que diz respeito ao aumento da alíquota de 12% para 18% e ouvindo o ministro [da Fazenda, Fernando Haddad) falar em uma em uma tributação retroativa. Isso causa uma estagnação no mercado, pela insegurança jurídica.
Ao mesmo tempo, também faz com que os operadores venham a transitar no mercado de loterias municipais, que vem ascensão, crescendo e fomentando uma massa crítica, fazendo com que essa ilegalidade diminua. Quando se fala em regulamentação federal, o custo é elevado e a insegurança jurídica faz com que o operador não queira investir. Com isso, as loterias municipais vêm para fazer esse papel de diversificar. Ele poderá trabalhar no mercado regulado, mas com um custo mais baixo, trazendo para ele uma segurança maior.
Vemos a regulamentação com bons olhos. Nós fomos um dos pioneiros a trabalhar em tudo no que diz respeito à certificação para nos adequarmos tanto como plataforma quanto os nossos operadores. Mas a gente também sente que tem de ter um diálogo maior entre os entes federados com os operadores e com a indústria, para que possamos trazer mais educação para essas pessoas, para que eles entendam o que é o mercado, o que ele precisa, quais são os déficits e o que ele precisa para ter uma operação saudável.
Acho que esse diálogo vai ser o ponto-chave para que as licenças federais, estaduais e agora também as municipais consigam lograr êxito.
Fonte: Exclusivo GMB