Games Magazine Brasil – A Superbet Brasil está patrocinando um evento sobre tecnologia e integridade. O que significa para a empresa estar num momento como esse em um evento do esporte?
Alexandre Fonseca – A integridade é o pilar básico da nossa atividade. Se não houver confiança do torcedor e se não houver garantia da integridade no esporte, não existe aposta. Aposta é confiança. A gente acredita muito nisso e a gente vem desempenhando muito esse papel de fomentar eventos como esse e tentar enriquecer a discussão sobre integridade esportiva no Brasil.
Sabemos do esforço da Superbet, tanto na questão do Jogo Responsável quanto na integridade, mas tem sido difícil levar essa pauta dentro da companhia para toda a sociedade?
Não tem sido difícil. O segmento de apostas, de forma regulamentada, ainda é muito jovem no Brasil. Com isso, emplacar o discurso e trazer o interesse popular para esse discurso é sempre um pouco mais complexo. Mas acho que é parte da criação da narrativa na sociedade. Leva tempo educar a sociedade sobre Jogo Responsável, limites e dependência psicológica em jogo. Isso é uma responsabilidade não só nossa, mas de todos os operadores, de participar sempre dessa pauta e tentar reverberar a mensagem o máximo possível, a fim de que os nossos jogadores entendam que jogo é diversão e deve ser tratado como tal.
Você falou da jovialidade do mercado regulamentado. Queria que você fizesse um apanhado geral do que foram esses oito meses e sobre a divulgação por parte da Secretaria de Prêmios de Apostas dos números surpreendentes do primeiro semestre.
Acho que é um sucesso. Vimos recentemente, como você falou, o número sendo divulgado de R$ 17 bilhões de faturamento. Para mim, esses dados me surpreenderam positivamente. A gente esperava até um mercado um pouco mais restrito, dado o tamanho do mercado ilegal que hoje tem no Brasil. Mas eu acho que estamos caminhando para um momento de consolidação e grandes marcas. Você vê grandes operadores fazendo investimentos gigantes na mídia, no futebol como um todo e tentando colocar suas marcas de forma que de fato posicione o jogo como entretenimento e diversão, como a gente acabou de falar.
Fico muito satisfeito por ter participado desse movimento desde o dia zero. Eu diria até antes do dia zero, e a gente poder hoje estar num mercado aonde você tem essa expressividade no cenário econômico brasileiro é muito prazeroso.
A questão do aumento da carga tributária proposta pelo governo pode afastar alguns operadores que estavam querendo entrar no mercado?
Com certeza absoluta. A carga tributária, além de um aumento de 50%, o que é, sem dúvida nenhuma, extremamente impactante para a indústria como um todo, ela causa dois efeitos que para nós são muito mais preocupantes do que a carga tributária em si. Uma é a insegurança jurídica. Neegócios são feitos pensados e planejados com uma carga tributária X. E do dia para a noite, se essa carga tributária vira X mais quantos por cento forem, causa uma insegurança jurídica muito grande.
Estamos falando de um mercado que foi regulamentado há seis meses e não há 60 anos ou há 6 anos. O que mudou em seis meses que justifique um aumento na carga tributária de 50%. Não creio que nada tenha mudado e não creio que isso seja justificável. E, além disso, eu venho batendo muito nessa tecla, de que cada vez em que você toma uma atitude dessa que visa restringir o mercado regulamentado, você fortalece o mercado ilegal.
O mercado ilegal não goza das boas práticas que nós implementamos no Brasil de, por exemplo, prevenção à ludopatia, conscientização do Jogo Responsável, prevenção à lavagem de dinheiro, um KYC bem feito para evitar que menores de idade joguem nos operadores regulamentados etc. Isso não é só da Superbet, é de todos os operadores regulamentados.
Então, quando a gente olha para essa carga tributária, existe sim um impacto financeiro nos operadores. Isso é fato. Alguns vão conseguir absorver, outros não vão conseguir absorver e eventualmente sair do mercado. Agora, ela causa, enfim, no mercado como um todo o impacto que é a insegurança jurídica e, obviamente, o fortalecimento do mercado ilegal. Isso precisa ser levado em consideração sob pena de termos um mercado regulamentado frágil e receoso com os próximos seis meses.
O que todo mundo hoje se pergunta é: nos próximos seis meses, será que vai haver outros aumentos, outras tributações sobre atividade? Ao ponto que no final de 12, 24 meses, você tem uma atividade que já não se encaixa mais no plano originalmente feito. Esse é o grande ponto de interrogação da indústria: Como vão ser os próximos seis meses, como vão ser os próximos cinco anos se nos primeiros seis meses de operação você já tem um aumento de 50%.
Quando você assumiu como CEO da Superbet, sua primeira entrevista foi para o Games Magazine Brasil e nos disse que o objetivo era levar a Superbet à liderança do mercado. Como está esse posicionamento hoje, especialmente agora com o mercado regulado?
Nos anima muito saber dos números que foram divulgados pela SPA recentemente. Com base naqueles números, certamente a gente já está no top cinco do mercado. E temos apenas um ano e oito meses de operação no Brasil, então uma operação extremamente jovem ainda. Acho que a gente ter conseguido chegar no top cinco de mercado me enche de alegria. É uma maratona, não tem jeito. Isso não é negócio para um ou dois anos, é negócio para 50 anos. A gente vai continuar sempre nesse mesmo objetivo, tentando ampliar o alcance.
Como os acionistas estão vendo esse posicionamento da Superbet Brasil?
Estão muito felizes. A Superbet Brasil hoje é um é um fenômeno não só dentro do próprio grupo Superbet, mas também da indústria como um todo. Acho que todo mundo olha com muito entusiasmo o que a gente vem fazendo, principalmente em relação ao posicionando a marca. É um posicionamento diferente, que visa de fato promover o entretenimento. É uma marca feliz, é uma marca alegre. O nosso logo é um sorriso. Então é isso o que a gente tenta colocar, trazer mais diversão, trazer mais entretenimento para população brasileira que esteja apta a jogar.
Fonte: Exclusivo GMB