MIÉ 24 DE ABRIL DE 2024 - 06:24hs.
R$ 45 milhões

Santa Catarina tem vitória em ação judicial contra bingos

A 2° Câmara de Direito Público de Florianópolis, em Santa Catarina, decidiu a favor do Estado em uma ação na qual empresas de bingo pediam um ressarcimento de R$ 45 milhões por impostos pagos enquanto os espaços operaram legalmente. O debate jurídico sobre o tema vem se arrastando desde 2003.

Os bingos que operavam em Santa Catarina perderam em segunda instância uma ação contra o governo do Estado. Inicialmente, eles haviam sido beneficiados por uma decisão que os concedia R$ 45 milhões em tributos pagos durante o período em que operavam legalmente. Mas, através de um recurso da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), o Tribunal de Justiça (TJ-SC) reconheceu como indevida a cobrança do valor.

A decisão da 2° Câmara de Direito Público da Capital partiu do voto do relator, o desembargador Sérgio Roberto Baasch Luz. Ele concordou com os argumentos apresentados pelo Estado e entendeu que a restituição somente ocorre quando há a cobrança indevida de um tributo.

As empresas alegavam que deveriam ser ressarcidas dos valores cobrados na forma de taxas após a inconstitucionalidade da lei. Para a Procuradoria, porém, as taxas são contraprestação ao exercício do poder de fiscalização.

A discussão jurídica sobre os jogos de azar em Santa Catarina é antiga. Em 2003, o STF começou a analisar a validade da lei que autorizava o funcionamento dos bingos no Estado.

Até 2006, quando foi concluído o julgamento com a declaração da inconstitucionalidade da legislação, as empresas que exploravam o serviço entraram com ações pedindo o ressarcimento das taxas.

O Judiciário se posicionou de formas distintas, sendo favorável às empresas e depois ao Estado. Por conta disso é que a PGE entrou com uma ação rescisória no TJ-SC para discutir a questão e conseguiu uma liminar para suspender a cobrança do valor até que o assunto fosse avaliado, como ocorreu recentemente.

Fonte: GMB/NSC Total