Apesar de Crivella ser o principal nome evangélico na política, afinal, ao menos na teoria, é prefeito da 2ª maior cidade do país, seus colegas na Câmara não se animam com o cassino. O pastor Marco Feliciano (Podemos-SP), e um dos líderes da Frente Evangélica, disse que o grupo é totalmente contra a ideia e que não há possibilidade de negociação. Afinal, o jogo leva ao vício e destrói uma família.
Parece que Feliciano e os outros deputados não conhecem o que a liberação dos jogos pode trazer para o Rio de Janeiro. Só na Cidade Maravilhosa o turismo poderia injetar R$ 27 bilhões por ano. Para efeito de comparação, o Rock in Rio 2019 movimentou R$ 1.7 bilhão. E em tributos o Brasil poderia arrecadar R$ 58 bilhões.
O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ), na matéria da Folha, também joga contra o Estado que lhe dá votos e diz que o deputado evangélico que apoiar a legalização de qualquer modalidade de jogo de azar terá um enorme desgaste no seu eleitorado. Diz que a Bíblia seria contra… mas não há nenhum trecho do livro sagrado para cristãos proibindo ou permitindo os jogos de azar. Ligado ao Pastor Silas Malafaia, diz que o cassino abriria a porta para lavagem de dinheiro, crime pelo qual seu líder já foi indiciado em 2017.
A Folha também mostra que não são apenas os evangélicos contra a liberação do jogo, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) também diz que os cassinos podem ser instrumentos para que recursos provenientes de atividades criminosas assumam o aspecto de lucros e receitas legítimas.
Ao que parece, tanto os evangélicos e os bispos católicos, creem que vivemos em um Brasil que não há crime organizado, nem lavagem de dinheiro. E que essa passaria a existir só porque liberaram alguns cassinos.
Vale lembrar também que o jogo é liberado no Brasil, apenas é um monopólio estatal. Está aí a Sena, Mega Sena, Raspadinhas e as corridas de cavalo. O que não falta é onde apostar, a diferença que nenhum deles traz um tostão de turistas para a cidade.
Fonte: GMB / Quintino Gomes Freire - diariodorio.com