“O Porto do Rio é muito importante para o estado, para o ambiente de negócios, para o turismo. Por isso, fiz um pedido ao presidente para que o Porto seja entregue ao estado ou que nós possamos ter uma maior parceria na sua gestão”, anunciou Witzel.
No documento, o governo alega que, com a estadualização, o Porto vai atrair novas atividades econômicas, por meio de Parcerias Público-Privadas e Programas de Parceiras de Investimentos. Com isso, diz o texto, novos investimentos na construção de hotéis, por exemplo, vão fomentar o turismo na região que é “belíssima”, aumentando a arrecadação de tributos estaduais e federais. O pedido feito a Bolsonaro menciona o decreto 2.184/97, que autoriza o Ministério dos Transportes a delegar a estados ou a municípios, mediante convênio, a exploração de portos.
A proposta de Witzel pode se tornar um novo embate entre estado e prefeitura. Isso porque em dezembro o prefeito Marcelo Crivella sugeriu a municipalização do Porto a Paulo Guedes, que, na época, já tinha sido escolhido para ser ministro da Economia. A prefeitura chegou a divulgar que havia um investidor americano interessado em construir um grande resort com cassino na região.
Não é só Crivella que quer cassinos no Rio, o governador Wilson Witzel também tem dado sinais claros de que é favorável a liberação dos jogos de azar como forma de gerar recursos. Na posse do novo procurador geral, Marcelo Lopes da Silva, o governador pediu empenho para que o jogo seja legalizado no país, o que poderá beneficiar diretamente o estado, principal portão de entrada de estrangeiros no Brasil e o maior destino turístico interno.
Em discurso durante a cerimônia de posse do novo presidente da Petrobras, na sede da empresa e junto ao novo ministro de economia Paulo Guedes, Witzel também aproveitou para defender a legalização dos jogos de azar no pais. 'Há uma crença de que o jogo não pode acontecer no Brasil. O jogo pode em qualquer lugar do mundo', disse Witzel.
Durante sua campanha, Witzel garantiu que quer transformar o turismo no "novo petróleo" do Estado, e deseja que a TurisRio, a empresa pública do setor, seja uma "nova Petrobras". Ele estabeleceu como meta que o número anual de visitantes chegue a 12 milhões - dez vezes mais do que o volume atual de estrangeiros no Rio e quase o dobro dos turistas que chegam ao Brasil inteiro.
Por esse motivo, ele tem sustentado em suas falas a intenção de que o Rio de Janeiro tenha cassinos que podem gerar ainda mais interesse nos turistas do Brasil e estrangeiros para visitar o estado e, por consequência, conseguir uma maior arrecadação de impostos além do movimento de pessoas.
Fonte: GMB / O Globo