MIÉ 24 DE ABRIL DE 2024 - 06:12hs.
Brazilian iGaming Summit - BiS 2022

“Passou da hora de regularmos as apostas e aprovarmos uma lei ampla de jogos para o Brasil”

Paulo Saad, presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, moderou o painel sobre a experiência internacional na área de cassinos em resorts integrados, trocando com Roberto Regianini, CCO da FBM, ricas informações sobre esta rica indústria. “São mais de 500 mil empregos que deixam de ser gerados. Está na hora de colocarmos o Brasil na vanguarda e trazer a indústria do entretenimento para nosso país”, destacou o executivo.

“O Ministério da Economia esteve presente no Brazilian iGaming Summit e disse que estão analisando aspectos técnicos e ouvindo o mercado para ajustar as regras das apostas esportivas. Oras, estamos há quase quatro anos com uma lei aprovada esperando pela regulamentação e se fala em ouvir. Ouvir o que? Há quase 80 anos os cassinos foram fechados e agora uma lei está engavetada no Senado. Isso mostra o quanto estamos atrasados e acho que os eleitores deveriam dizer não a todos os que impedem o avanço de uma atividade econômica rica e com grande impacto social”, disse Paulo Saad, presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, um dos mais importantes do Brasil.

Para o empresário, hoje o jogo está em todos os cantos do Brasil, até mesmo nos bares da esquina e ninguém paga imposto nem contribui para o país com empregos formais, “enquanto vemos essa importante indústria, no mundo inteiro, fazendo isso e atraindo turistas em diversas jurisdições onde há cassinos em grandes resorts, assim como cassinos turísticos e salas de máquinas”, disse.

Roberto Regianini, CCO da FBM, reforçou que ninguém é beneficiado com a falta de regulamentação do jogo. “O governo não arrecada impostos, os empregos formais não acontecem e o turismo fica estagnado”, comentou, lembrando que durante muito tempo a regulamentação das apostas esportivas foi discutida, ao mesmo tempo que a legalização de outras modalidades de jogos, como cassinos, bingos e jogo do bicho. “São mais de 500 mil empregos que deixam de ser gerados. Está na hora de colocarmos o Brasil na vanguarda e trazer a indústria do entretenimento para nosso país”, destacou.

 

 

Paulo Saad convidou Regianini a falar sobre a importância do compliance com vistas ao combate à lavagem de dinheiro. O executivo destacou que no mundo inteiro há muita tecnologia à disposição e os operadores adotam essas práticas e são muito bem controlados. “É possível controlar online toda a operação de jogos e acompanhar real-time a movimentação financeira do setor”, garantiu.

Iuri Castro, subsecretário de Advocacia da Concorrência e Competividade do Ministério da Economia, acompanhando o painel, foi questionado sobre o quanto o Ministério da Economia vem acompanhando essa questão. Ele disse que “o Brasil está trabalhando no sentido de manter as melhores práticas internacionais de jogo responsável, inclusive quanto ao combate à lavagem de dinheiro”. Para ele, o governo está muito focado na regulamentação das apostas esportivas, “mas podemos migrar o conhecimento que adquirimos para eventuais outras modalidades de jogos, abrangidas pelo projeto de lei em discussão no Senado, quando chegar o momento”.

Paulo Saad disse que o Brasil já passou do momento de tratar a questão das apostas esportivas e jogos em geral: “Somos um dos poucos países da América Latina que ainda está sem uma operação legal e oficial. Isso é lamentável, pois dá para ver a força do setor com as apostas esportivas atuando de forma bastante ativa no país sem contribuir com impostos e empregos formais”.

Regianini lembrou que o Brasil é uma das 10 maiores economias do mundo e está mais do que na hora de parar de se achar o ‘patinho feio’ e que não tem condições técnicas para controlar o setor. “O Brasil não pode perder o bonde da história. Com todos os avanços tecnológicos, não há o que falar de falta de competência técnica para regular os jogos”, finalizou.

Fonte: Exclusivo GMB