VIE 26 DE ABRIL DE 2024 - 11:37hs.
Artigo do Samba Digital

eSports no Brasil: um gigante adormecido

Quando alguém pensa em mercados de eSports, China, Coreia, Estados Unidos e até Europa são os primeiros que vêm à mente. No entanto, o Brasil tornou-se um grande player nos últimos anos. Um relatório da PwC mostrou que o setor deve crescer 5,3% até 2022. Em 2019, o ramo de jogos em terras canarinhas faturou US$ 1,5 bilhão, subindo para a 13ª posição, o que significa que é o país líder na América Latina. Segundo muitos, é o marketing mais promissor do mundo.

Embora os eSports tenham crescido constantemente, a pandemia deste ano certamente aumentou o interesse nisso. Um dos motivos é que os esportes tradicionais sofreram uma grande perda devido à suspensão da competição. Como resultado, os fãs buscaram um método alternativo para se divertir e obter sua dose competitiva.

Durante a pandemia no Brasil, o consumo de eSports também aumentou. O Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL) registrou 336.000 espectadores simultâneos na final entre paiN Gaming e Santos. O CEO da INTZ, Sr. Almeida, afirma que os registros de engajamento não têm limites, já que o alcance nas redes sociais passou de 8,3 milhões em fevereiro para quase 18 milhões em abril. E de acordo com o Google Trends, o termo “esports” pelo menos dobrou no Brasil.

Como consequência, a receita aumentou enormemente. Uma grande parte do bolo é gerada por anúncios de marcas, direitos de mídia e patrocínios, com as marcas de 2020, incluindo Gillette, Dell e Redbull envolvidas. Enquanto a mídia negocia, incluindo Facebook, Twitter e SporTV, que é um dos principais canais de esportes.

Com isso em mente, os eSports têm muitas conexões com as formas mais tradicionais de esporte. O Flamengo estabeleceu em 2017 sua divisão de esportes eletrônicos, que incluía um elenco do League of Legends e um centro de treinamento. Ronaldo “o Fenômeno” também investiu em esportes eletrônicos, desenvolvendo times para FIFA e League of Legends.

Crescimento no Brasil

Com o crescimento de telespectadores no Twitch no Brasil, cresce o interesse da população em geral. Isso converte mais entusiastas e mais torneios em território brasileiro.

Segundo a PwC, apresentada em sua 19ª Pesquisa Global de Entretenimento, a expectativa é de que o setor cresça 5,3% até 2022. Em 2019, o setor de jogos no Brasil faturou US$ 1,5 bilhão, subindo a escada para a 13ª posição, ou seja, é a nação líder da América Latina. Em escala internacional, o que surpreende é que o mercado de telefonia móvel no Brasil deverá movimentar US$ 878 milhões e um total de US$ 1,75 bilhão.

Outro aspecto que tende a crescer é o número de desenvolvedores de jogos. Em 2020, o Censo da Indústria de Jogos Digitais descobriu que havia mais de 375 desenvolvedores no país, o que é 180% a mais do que em 2014.

Eventos mais seguidos

A Liga Brasileira de Lendas (CBLoL) é provavelmente o maior torneio, pois define quem representará a região nos campeonatos da Liga Mundial de Lendas. Com o patrocínio do Flamengo, é certo que mais times de futebol terão como foco o esporte digital.

O jogo Free Fire para celular teve mais de um milhão de espectadores no YouTube para sua final. Incrível se você considerar que está apenas na terceira temporada. CS: GO também vê regularmente números elevados seguindo suas maiores seleções; MiBR e Furia eSports.

O Rainbow Six fica com a 4ª posição, principalmente porque o Português é a segunda língua mais popular no Six Invitational. Além disso, o Ninjas in Pyjamas, equipe bem conceituada da Suécia, tem um elenco brasileiro para este jogo.

Interesse internacional

A popularidade dos esportes eletrônicos no Brasil também continua crescendo devido ao interesse internacional. Team Liquid (EUA) e Ninjas in Pyjamas já estabeleceram escalações.

Por que isso acontece? Porque alguns jogos são mais populares a nível local do que no resto do mundo. Uma jogada inteligente se você considerar que é uma forma inexplorada de aumentar sua base de fãs. É muito mais fácil também de uma perspectiva econômica, considerando, por exemplo, que Free Fire teve um milhão de espectadores em comparação com outros jogos como Dota 2.

Outro elemento é a popularidade que eles têm em várias plataformas. Por exemplo, a equipe LOUD é a primeira organização que atinge 1 bilhão de visualizações em seu canal no YouTube e tem presença constante no NIMO.tv com mais de 300 mil espectadores.

Outra tendência mundial que seguem é se tornarem fãs de certos jogadores lendários. Por exemplo, Gabriel “FalleN” Toledo é bicampeão em CS: GO. Ou em LOL Felipe, há “brTT” Gonçalves que apareceu na série de documentários ‘Legend Rising’ ao lado de lendas como Faker, xPeke, Reckless e Bjergsen.

O futuro dos eSports brasileiros

Vários indícios mostram que o futuro dos eSports no Brasil é muito promissor. Ele apresenta uma ampla variedade de disciplinas de eSports, incluindo os melhores jogadores em títulos móveis e tradicionais. Com as empresas de apostas entrando no país pelos esportes tradicionais, parece que o torcedor brasileiro terá mais opções para acompanhar seus times favoritos em breve.

Fonte: Samba Digital