MAR 7 DE MAYO DE 2024 - 07:44hs.
Com membros do Ministério do Esporte e Governo do DF

Associação Brasileira de Fantasy Sports debate esportes eletrônicos em audiência pública na Câmara

Em audiência pública na Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados para debater os esportes eletrônicos realizada na última semana, o presidente da Associação Brasileira de Fantasy Sports, ABFS, Rafael Marcondes, fez uma apresentação sobre a classificação dos esportes eletrônicos como esporte por parte dos governos e da inclusão da prática nas políticas públicas. “O esporte eletrônico é inclusivo, temos homens e mulheres, pessoas com necessidades especiais, jovens e seniors”.

Associação Brasileira de Fantasy Sports debate esportes eletrônicos em audiência pública na Câmara

Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

Marcondes lembrou que de acordo com os princípios da Carta Olímpica os esportes eletrônicos se enquadram perfeitamente na descrição de esporte, com amizade, fair play, igualdade, entre outros valores. “Já temos várias entidades, como o Comitê Olímpico Internacional, que reconhecem os eSports como esporte”. A Justiça do Trabalho e o Ministério da Justiça também já realizam esse reconhecimento no Brasil.

O esporte eletrônico conecta socialmente e estimula habilidades pessoais”, explica Marcondes e informa que hoje no Brasil são 15 milhões de brasileiros apenas em uma modalidade de esporte eletrônico, o Fantasy Sport. O esporte eletrônico é uma evolução natural do esporte e da sociedade. Propostas em tramitação na Câmara já tratam da regulamentação dos jogos eletrônicos.

O deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA), autor do requerimento de audiência pública, afirmou que, assim como as gerações anteriores tinham total interesse por competições de esportes como o futebol, as gerações atuais também gostam de competições, entretanto, suas preferências focam nos chamados eSports.

"Com um público crescente, de pessoas que conseguem acessar os jogos com facilidade, não é difícil entender por que está cada vez mais popular acompanhar e participar de jogos de eSports. A definição de esporte eletrônico como esporte ou não é importante para definir o investimento de recursos públicos e para trazer mais segurança jurídica", diz o deputado.

O assessor especial do Ministério do Esporte Carlos Villanova lembrou que o governo federal está dedicado ao debate e à criação de um ambiente para os esportes eletrônicos no universo das políticas públicas e que, ao superar a superficialidade da discussão "se é esporte ou não", o momento é de focar na promoção de benefícios inequívocos para a sociedade.

"Formamos um grupo de trabalho interministerial para elaborar como vamos atuar na temática dos esportes eletrônicos, trocando opiniões e informações exatamente como estamos fazendo nesta audiência pública. E tal qual o objetivo desta Casa, o do governo é chegar a uma conclusão: formular políticas públicas que deem conta da dimensão dos jogos eletrônicos na sociedade brasileira", explicou Villanova.

O diretor de Games da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal, David Leonardo, lembrou que o conceito moderno da Educação Física trata o esporte como um conjunto de corpo e mente e que os esportes eletrônicos incentivam a prática de atividade física se bem conduzidos.

O deputado Ícaro de Valmir (PL/SE), presidente da Subcomissão Especial do Esporte Eletrônico, completou que esta modalidade não está presente apenas no celular, no computador ou no videogame, “os esportes eletrônicos também estão presentes na educação, dentro do mercado e determinam vários investimentos em outros setores”.

 Também participaram da audiência pública o presidente da Confederação Brasileira de Games e eSports (CBGE), Paulo Roberto Ribas, o co-CEO da VOLZ e ex-vice-presidente de Marketing do Clube de Regatas do Flamengo, Daniel Orlean, e o professor doutor da Universidade de Campinas, Leandro Mazzei.

Fonte: GMB