VIE 29 DE MARZO DE 2024 - 04:51hs.
Beto Vides, CEO de eBrainz

“Existem ligas de eSports com audiência igual aos jogos da série A do futebol brasileiro”

(Exclusivo GMB) – Beto Vides, CEO da eBrainz, uma das mais importantes empresas do eSports mundial, estará no BgC 2018 entre os dias 22 e 24 de Abril em São Paulo falando sobre as possibilidades de negócios envolvendo esportes eletrônicos no Brasil. Em entrevista ao GMB, o executivo mostra sua confiança no mercado nacional atual e futuro afirmando que o setor tem muito a oferecer. “São comprovados todos os benefícios de desenvolvimento pessoais e econômicos que a popularização da prática traz para a sociedade e seus praticantes”, afirmou.

Beto Vides participa da sessão final de palestras do BgC, a BRANCH-OUT: NOVAS TENDÊNCIAS EM JOGOS, no dia 24 de Abril, a partir das 17hs. Ele falará especialmente sobre o futuro dos eSports no Brasil respondendo questões como: o desenvolvimento do mercado de e-Sports e seu crescente impacto sobre os jovens brasileiros; o estado dos eSports no Brasil; os desafios e oportunidades no mercado brasileiro; o tamanho do desafio para a National Games Industry em inserir seus produtos no cenário competitivo do Brasil e os eSports em um ambiente de cassino baseado em terra vs. apostas em eSports.

GMB - Quais os principais temas deseja abordar em sua palestra durante o BGC?
Beto Vides - Em minha palestra irei abordar principalmente a relevância que o segmento de games e esportes eletrônicos vem adquirindo na industria do esporte e entretenimento, bem como seu potencial como ferramenta de marketing, devido seu grande poder de engajamento e amplificação.

Um dos assuntos da palestra será o impacto dos eSports nos jovens. Você acredita que os eSports podem ser uma ponte entre os jovens e os jogos e os leve a participar das atividades em cassinos e bingos?
Os eSports definem-se como jogos de habilidades, existe uma mudança cultural e estrutural no ecossistema do entretenimento esportivo que aliada a convergência das comunicações aos meios digitais, abre espaço para o crescimento em larga escala desta prática. Não necessariamente existe uma correlação com cassinos e bingos ou um aumento direto na frequência dos jovens nestas atividades, oriundas dos eSports.

Outro ponto é concorrência entre do eSports nos cassinos e as apostas em eSports. Nos fale um pouco sobre esse conceito. Qual impacto ele pode trazer para o jogo no país?
Os impactos que os eSports trazem são principalmente econômicos, são parte de um motor gerador de economia baseada no consumo. Adicionalmente quando falamos de eSports, estamos falando de um esporte como qualquer outro, porém de natureza digital. Em se tratando de esporte, temos os mesmos ingredientes de outras modalidades estabelecidas, como futebol, basquete, baseball, etc, então a performance esportiva, o fanatismo, e a natureza competitiva destes certamente abre espaço para práticas de apostas esportivas, por exemplo. De fato, a prática da aposta esportiva já existe em ampla escala, inclusive tendo como moeda de troca itens virtuais de jogos, no que tange os Games e eSports.

Por serem considerado um esporte da mente e de habilidade, como o poker, acredita que os eSports podem ser explorados no Brasil e ligados ao jogo mesmo sem um regulamentação geral de jogos no Brasil?
Sim, acredito. Obviamente, uma regulamentação que esclareça os mecanismos, as possibilidades de trabalho e vise promover a expansão e popularização do segmento sempre será bem vinda, porém independente disto, são comprovados todos benefícios de desenvolvimento pessoais e econômicos que a popularização da prática traz para a sociedade e seus praticantes.

Qual a sua avaliação quanto ao processo de legalização no Brasil? Apesar das dificuldades para ser chegar a uma lei definitiva, o país mantém local de destaque nos planos de investimento dos operadores internacionais?
O Brasil está no radar de grandes investimentos e sustenta hoje a 3a maior audiência do esporte eletrônico mundial. Existem ligas hoje que apresentam números de audiência equiparados a jogos da série A do futebol brasileiro. Nossa economia é constituída por aproximadamente 70 milhões de gamers, declarados ou não, um cenário positivo para potenciais investidores, sejam marcas, ligas, times, fabricantes e todo tipo de oferta que se relacione com esta audiência.

Fonte: Exclusivo GMB