LUN 20 DE MAYO DE 2024 - 16:07hs.
Witoldo Henrich Jr., Sócio-fundador e diretor jurídico

“Operadores brasileiros vêm à ONLINE IPS pedir ajuda para entrar em mercados como México e Peru”

A Online IPS acompanha a tendência de crescimento dos métodos de pagamento no Brasil e seu sócio-fundador Witoldo Hendrich Jr. confirmou, em entrevista exclusiva ao GMB, o lançamento do CONVRT, que promete melhorar o sistema para o usuário. O advogado reafirmou também a postura da empresa quanto à situação atual do país. “A cada nova resolução, nos adaptamos e voltamos ao compasso de espera. É um processo lento e gradual, mas será para melhor'.

 

Games Magazine Brasil - Como foi o BiS SiGMA Americas este ano para a Online IPS?
Witoldp Hendrich Jr. - A feira foi incrível, realmente. O ano passado já foi enorme e este ano ficou ainda melhor. O feedback que recebemos das pessoas que vieram aqui é surpreendente. Muitos não imaginavam que a feira era desse tamanho. Há dez anos, eu já dizia que seria desse tamanho. Tínhamos a perspectiva de que o mercado lá fora era enorme, pelas feiras que víamos, como Malta, ICE, etc. Quando você olha 8 anos atrás, o BCG, por exemplo, era o evento que dominava o mercado aqui no Brasil, e era realizado no saguão do hotel, com apenas 300 ou 400 pessoas. O que está acontecendo aqui é impressionante.

Que repercussão seus produtos e serviços receberam durante o evento? Quais são as novidades tecnológicas?
A novidade é o CONVRT, que já foi apresentado internacionalmente em Londres na ICE e agora aqui no Brasil. O CONVRT tem tecnologia própria. Nós costumávamos licenciar tecnologia de diversos parceiros terceirizados, mas decidimos desenvolver nossa própria tecnologia aqui no Brasil para solucionar diversos problemas. Isso nos permitirá atender todos os métodos de pagamento alternativos no mundo inteiro. Na Colômbia, por exemplo, o método alternativo vai passar por essa plataforma e está funcionando muito bem, deixando todo mundo feliz e satisfeito.

O Brasil é o maior mercado para a Online IPS?
Sem dúvida. Nessa indústria, o Brasil é o nosso maior mercado. Temos uma operação grande na Europa em outro segmento, mas neste aqui sim é o maior. Temos uma participação gigantesca dentro da empresa. Uma coisa interessante que está acontecendo este ano aqui, diferente dos anteriores, é que temos hoje operadores nacionais que vêm aqui pedir ajuda para mercados como o México, Peru, ou seja, eles estão vindo até nós.

A dinâmica mudou. Antes, atendíamos clientes internacionais que queriam entrar para o mercado brasileiro, e agora temos empresas brasileiras querendo ir para o mercado internacional. É muito gratificante ver essa inversão de papéis.

 



Quais são os outros mercados, além do Brasil, que a Online IPS quer atingir agora?
Depois de abrirmos no Brasil, expandimos para Colômbia, Peru e mais recentemente o México. Agora, estamos focando nossos esforços no Chile. Planejamos entrar lá no fim do ano ou, se não for possível, no próximo ano com certeza. Recebemos a visita de algumas pessoas que estão buscando ajuda para montar uma operação que englobe toda a América Central. Essa é a direção que estamos seguindo: expandir nossos horizontes.

E com respeito às mudanças regulatórias que acontecem dia a dia no Brasil, isso ajuda ou complica o trabalho?
É uma dicotomia interessante. Cada vez que uma nova regulação é anunciada, a regra fica mais clara. Porém, o fato de essas mudanças serem divulgadas gradualmente deixa o mercado apreensivo. As pessoas ficam nervosas. Elas vêm até nós e perguntam, mas eu não sei. Se alguém disser que sabe, está mentindo, porque as coisas estão em constante mudança, nada está definido. A ideia é ficar num compasso de espera. A cada nova resolução, nos adaptamos e voltamos ao compasso de espera. É um processo lento e gradual, e quem espera resolver tudo de uma vez só, está enganado.

Os seus clientes também estão reticentes em relação a isso? Eles estão esperando para tomar certas decisões?
Minha orientação para eles é esperar. Muita gente está mergulhando de cabeça, mas antes de fazer isso, é preciso ter certeza de que é seguro. É como mergulhar em águas desconhecidas. Antes de pular, é preciso verificar a profundidade. Estamos sendo cautelosos para não tomar decisões precipitadas. Meu departamento de TI costuma dizer que, se a situação ficar ruim, precisamos sair correndo, mas é importante saber para onde correr. Estamos avaliando a situação e planejando nosso próximo passo com cuidado.

Fonte: Exclusivo GMB