Games Magazine Brasil - Finalmente chegou o BiS SiGMA, sua quinta edição, qual a sua avaliação?
Leonardo Baptista – Maravilhosa! A gente fica esperando por esse evento, ainda mais porque estamos jogando em casa. É diferente. Somos de São Paulo, e jogar em casa é gostoso. O BiS SiGMA tem um espaço especial no nosso coração. A gente participa de eventos no mundo todo, mas esse tem um clima especial.
Como foi o evento BiS SiGMA Americas? Muitos negócios, novidades?
O evento cresceu bastante em espaço, está maior que o do ano passado. A quantidade de pessoas é similar, mas o volume de negócios aumentou. Nosso estande está super movimentado, não parei um minuto! Muitos estão olhando para o Brasil agora, principalmente com a regulamentação. As regras estão claras, e isso atrai investimentos e novas tecnologias.

Quais foram as novidades da Pay4Fun?
Trouxemos uma série de novas tecnologias. O Pix, por exemplo, já é conhecido, mas agora temos o Pix ITP, Pix com biometria, recorrência... Tudo isso melhora muito a experiência do usuário.
Para ter uma ideia, enquanto o Pix normal leva 40 segundos, o ITP faz a transação em 5. Isso é um ganho absurdo para operadores e jogadores. E como somos integrados diretamente ao Banco Central, conseguimos entregar essas soluções antes de todo mundo.

Como você enxerga as parcerias entre operadores, instituições de pagamento e provedores?
Eu tenho uma opinião bem clara sobre isso. Já fui operador, então entendo os dois lados. Acho que cada um deve focar na sua especialidade. Um meio de pagamento não deve oferecer solução de KYC ou programa de afiliados, por exemplo.
Isso gera conflitos e dependência tecnológica. Se o seu provedor de pagamento também faz KYC e cai, sua operação para inteira. Sou contra exclusividade. Minha recomendação é: trabalhe com dois ou três meios de pagamento. Parcerias são bem-vindas, mas com cada um na sua expertise.
Qual a sua opinião sobre o combate aos sites não regulados?
Isso precisa ser um esforço conjunto: meios de pagamento, operadores, SPA, Banco Central... Mas principalmente precisa de denúncias e ação efetiva do regulador. Só tirar o site do ar não resolve. O que realmente enfraquece o mercado ilegal é tirar o método de pagamento. Hoje, 99,99% das transações são via Pix.
Se você corta isso, acaba com a operação. A SPA está fazendo sua parte, lançou uma portaria focada nisso. Mas temos apenas quatro meses de mercado regulado. Vai levar tempo. Quem pagou R$ 35 milhões de licença quer ver resultado — não dá para deixar o mercado ilegal faturando bilhões.

Como foi o primeiro trimestre de 2025 para a Pay4Fun?
Foi excelente. O último trimestre de 2024 foi bem difícil — em outubro tivemos que desligar todas as operações por conta da indefinição regulatória. Mas, a partir de janeiro, tudo mudou. Com regras claras, muitos parceiros vieram trabalhar conosco.
Agora estamos em expansão: olhando para e-commerce, turismo, novos países... Já temos parcerias para atuar com força na Argentina e no México ainda este ano. E também estamos prontos para o mercado físico no Brasil — nosso sistema de Pix para cassinos físicos já está desenvolvido.
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