Games Magazine Brasil – Quais foram seus objetivos ao estar no BiS SiGMA Americas?
Henrique de Simoni – O objetivo da 3 Oaks Gaming é expor a marca. Queremos crescer de forma vertiginosa. Somos grandíssimos, na Europa e top 1 em países CIS, Rússia, Uzbequistão, Ucrânia. Agora estamos crescendo na LatAm e criando toda essa movimentação. Já estamos com 40 jogos certificados no Brasil e finalizando o processo de certificação no Peru. Na Colômbia já temos certificados e grandes clientes. Então, a partir disso vamos trabalhar ainda mais a marca no mercado latino-americano.
No Brasil, especificamente, como a 3 Oaks está trabalhando os operadores? Diretamente ou por meio de agregadores? Como tem sido essa aproximação para crescerem, como é o objetivo da 3 Oaks?
Para nós, o que for melhor para o cliente. Temos carta branca para fazer as melhores negociações. Cito aqui alguns clientes nossos: bet365, EstrelaBet, Alea, 7k, Cactus. Estamos com os melhores e vamos segurar a mão de cada um deles para crescermos juntos, uma vez que o negócio tem de ser bom para mim e para eles também.
Sendo uma empresa vinda do Leste Europeu, a 3 Oaks teve alguma dificuldade de entender a regulamentação e, mais ainda, de certificar os seus jogos no Brasil?
Acho que a localização é extremamente essencial. A ideia da 3 Oaks ao me contratar para ser o representante da marca no Brasil foi para facilitar toda a intermediação de informações. Para poder passar para a Ucrânia ou para a Isle of Man, é necessário alguém que entenda da cultura, da localização, da língua e tenha as conexões corretas no nosso país também. Então, totalmente de acordo com a sua pergunta, eu respondo que isso faz 100% toda a diferença.
A certificação em si foi suave para a certificação dos jogos desenvolvidos pela 3 Oaks?
Tivemos um importante parceiro, a Gaming Associates, mas também gosto de destacar nosso time. As equipes de compliance, legal e account managers deram 100% para no dia 1º de janeiro estarmos com tudo pronto para o Brasil. A transição não foi suave, mas foi frutífera. A gente desfrutou desse momento porque aprendemos muito também, então foi uma troca muito legal com todos os parceiros interna e externamente na companhia.
Falar em localização é chover no molhado, porque todos os mercados exigem produtos que tenham a cara do país. Apenas traduzir jogos para o português do Brasil, por exemplo, não basta. A 3 Oaks está pensando em desenvolver jogos com temas brasileiros?
A resposta é não. Aí você vai me perguntar: "Poxa, Henrique, mas por que não?" No curto prazo, é um jogo que não tem vida longa. Então, eu não posso colocar um jogo de Carnaval ou um de caipirinha ou mesmo um de futebol que funciona só no Brasil. É preciso pensar grande, então eu penso na LatAm. Não podemos colocar alguns jogos que funcionam somente em um país.

Por isso vocês selecionaram um lote inicial de 40 jogos para certificar que tenham a identificação com a LatAm?
Exatamente. Posso citar alguns: 3 Hot Chillies, Green Chilli e Coin Volcano. Todos os jogos têm a temperatura caliente. Como os latinos, têm uma temperatura quente, algo que sempre é muito pulsante e, a partir daí, consegumos funcionar bem em todos os países, não somente para o Brasil.
Quantos lotes mais virão ao longo do ano de 2025?
Trabalhamos exatamente de acordo com a demanda. Alguns players já estão pedindo mais jogos, e eu acredito que até o final do ano deveremos certificar mais 40 jogos do nosso portfólio, que é tremendo e super robusto.
Como é desenvolver jogos que caiam no gosto do apostador para a 3 Oaks?
Isso é interessantíssimo porque estamos num mercado muito competitivo. O mercado de provedores de jogos é extremamente competitivo. Sai um jogo, dois, às vezes até cinco jogos por dia. São milhares, de dezenas de provedores. Então, a gente vai entendendo qual jogo está performando melhor, qual queremos expor mais, e a partir daí é trabalhar para que ele caia no gosto do usuário. É um trabalho de formiguinha.
Qual é a estratégia de crescimento da 3 Oaks no mercado brasileiro?
Vamos vir fortes para o mercado brasileiro, como já estamos crescendo com as operadoras que te falei. O mercado vai estar completamente coberto até o final de 2025. Teremos uma equipe muito robusta por trás: pessoal de vendas, account managers e parcerias. Então, temos tudo para fortalecer a nossa marca, que já é grande na Europa, mas ainda assim logo vai dar um boom no Brasil.
Parceria é a pedra de toque do negócio de jogos online?
Acho que da humanidade. Todos temos de crescer juntos e a troca é essencial. Se você for sozinho, você não vai chegar longe. Parceria é fundamental, e a reputação também conta bastante. Cada vez que você se prontifica a colocar seu produto, melhorar e acreditar no negócio, acho que todos ganham.
Fonte: Exclusivo GMB