Games Magazine Brasil - Com quais objetivos a GLI está em mais uma feira no Brasil?
Karen Sierra-Hughes - Primeiro, sempre acompanhando a indústria, apoiando os esforços que fazem cada uma das organizações localmente para dar maior divulgação ao que está acontecendo no Brasil, criando uma regulamentação que agora é um modelo para o resto do mundo. E, por outro lado, demonstrando que com a regulamentação também se cresce como indústria, como fornecedor e como operador. Estar perto dos nossos clientes, como sempre, é claro. Estamos muito agradecidos pelo sucesso que temos no Brasil. Devemos agradecer a todos os nossos clientes, que nos acompanharam ao longo desses anos, e aos novos clientes, a todos esses operadores que decidiram utilizar os serviços da GLI para avançar no processo de certificação.
E como está a ponte entre operadores e produtores de jogos com a GLI diante do governo?
Bem, é uma relação extremamente importante de todos os pontos de vista. Todas as partes interessadas nesse ecossistema de regulamentação têm um papel fundamental. Temos operadores que também são fornecedores de suas próprias plataformas e para terceiros. Temos fornecedores de jogos que também são operadores e fornecedores de plataformas.
No Brasil, ocorreu um processo de desenvolvimento da indústria muito particular e especial, e acho que foi criada uma boa sinergia nesse sentido. Operadores que, claro, precisam de um fornecedor que os apoie nesse processo onde existem tantos prazos a cumprir. E, finalmente, nós mesmos, investindo em mais pessoal. Da última vez que conversamos, acho que comentei que em dezembro havíamos iniciado um processo massivo de desenvolvimento de mais pessoal para a GLI e ainda estamos nesse processo, claro, também com os planos de abrir nosso escritório no Brasil. E isso acontecerá muito em breve.

Como está o tema dos prazos de entrega de certificações por parte da GLI? Já está tudo consolidado e com prazos mais curtos ou ainda há muita demanda?
Não, a demanda não diminuiu. Sempre me perguntam isso, se a demanda diminuiu. Não, e acho que não vai diminuir, porque, na verdade, devido à quantidade de operadores no Brasil e à quantidade de fornecedores de jogos e conteúdo no mercado atualmente, o processo continuará. Estou convencida de que continuará da mesma forma. Como mencionei, investimos para ser mais rápidos, mais eficientes e poder atender ao mercado, mas não vejo a demanda diminuindo.
Agora se fala que em breve o Brasil também terá a aprovação de uma lei para cassinos físicos. Como a GLI vai se preparar para esse novo momento?
Não é o primeiro que vemos se abrindo. O Brasil, obviamente, é muito particular pelo tamanho do mercado. Eu penso que a questão está mais voltada para os fornecedores, porque, de qualquer forma, é preciso se adaptar à regulamentação local. Existem questões de importação, que não vemos na parte de jogos online, e que precisarão ser estabelecidos processos para isso. No nosso caso, o processo de certificação consiste em fazer a parte que nos cabe, desde hardware e software, e estar prontos para apresentar isso também.
Na verdade, muitos fornecedores, especialmente de jogos presenciais, já passaram por esses processos de certificação em outros mercados. Não acho que no caso de jogos online havia mais fornecedores e plataformas que estavam passando por isso pela primeira vez. Em jogos presenciais, como cassinos e máquinas, a maioria dos fornecedores já esteve em outros mercados regulamentados. Então, acho que o processo será mais gerenciável para esses fornecedores.

Irão replicar no Brasil a experiência da GLI no mercado global?
Claro, é para isso que estamos aqui, para estarmos preparados antes que essas coisas aconteçam, para apoiar nossos clientes quando precisarem.
Quais são os planos estratégicos para o mercado brasileiro agora que o online foi regulamentado há pouco mais de três meses?
Acho que o acompanhamento é muito importante. Mais do que sermos líderes no mercado, graças novamente a todos os nossos clientes que decidiram usar nossos serviços, é demonstrar que estamos aqui não apenas para agora, mas para o longo prazo, como se diz em inglês, "long run". Acompanhá-los em todos os temas de certificação, auditorias de segurança, auditorias anuais para o regulador e todas as integrações que continuam acontecendo. Então, é estar presente para eles e oferecer suporte local.
Fonte: Exclusivo GMB