VIE 26 DE ABRIL DE 2024 - 22:57hs.
Marcos Marugan, Diretor Internacional da R. Franco

“O Brasil deve abrir todo o jogo, o negócio não pode ser para apenas um setor”

Mais uma vez, a principal empresa espanhola estará presente na ICE. Em entrevista exclusiva, Marcos Marugan, diretor internacional da R. Franco, fala sobre suas expectativas antes da grande feira de Londres ao mesmo tempo em que analisa o crescimento do jogo online frente ao físico, o papel da América Latina para o Grupo e o que o Brasil geraria como um novo mercado: 'O dia que os responsáveis do governo entenderem o dinheiro que perdem e os empregos que gerariam, o regularão rapidamente'.

GMB - Mais uma vez presente na ICE, o que sua empresa mostrará ao mercado nesta ocasião? 
Marcos Marugan -
Este ano apresentaremos novas matemáticas, novos jogos e novos gabinetes. Sob o  claim GLOBAL GAMING SOLUTIONS, os visitantes do stand S5-110, vão conhecer a oferta global de jogos, produtos, soluções e conteúdos para salões de cassinos, Bingos e o hotel do Grupo (tanto a nivel presencial como online). No campo presencial, a companhia mostrará principalmente a nova coleção de jogos para bingo e cassino, assim como sua nova roleta compacta (RF Compact Roulette) e o recente mobiliário  RF4000 com três telas e iluminação led. Já no online, veremos a evolução do IRIS  (sua plataforma aberta e oficial) e do IRIS POWER VAULT (módulo que se encarrega do controle interno e da certificação de mercados regulados), assim como o terminal online RF ONMIX e seu cada vez maior catálogo de Jogos Online.

Quais temas imagina que terão maior relevância nesta edição da feira mais importante da Europa?
Há temas que se apresentam nesta feira, que ao meu ver não refletem a inquietude do setor. Se apresentam retos de mercados novos, porém ao meu ver deveríamos buscar fórmulas de evolução com a sociedade. Quer dizer, devemos recorrer aos inputs das novas gerações e adaptar produtos e legislações para eles. Se não evoluimos em normas e produtos de ante mão, corremos o risco de acabar vendendo sapatos. Existem problemas enraizados em nossa industria que devemos atacar juntos.

O jogo online parece não freiar seu crescimento perante o físico. Acredita que isso será profundado em 2019?
Sem dúvida. Por que? Por ser a via onde entra o novo jogador. Os novos jogadores não se formam no canal presencial tradicional. Se formam em sua casa através de seu compitador ou em seu celular, a demanda e a forma de consumo do mesmo é totalmente diferente da que a industria oferece atualmente.

Qual o balanço que a R. Franco faz do seu ano 2018? 
Foi um ano fantástico de transformação, que dará seus frutos nos próximos 3 anos.

Pode nos antecipar os projetos ou produtos em desenvolvimento para 2019? 
Temos alguns desafios apaixonantes que eclodirão em 2019.

Que o papel da América Latina para o Grupo? 
É um geomarket muito importante para nós. A R.Franco foi a primeira empresa a estabelecer uma fabrica neste continente e a primeira a colocar maquinas na maioria dos países. Temos um histórico latino e estamos voltando com muita força e novos produtos.

Quais produtos da R Franco Digital tem mais sucesso na região?
Nossos slots, sem dúvida. São nota 10.

Como avalia os processos de legalização e regulação no Brasil especificamente? Sobre tudo após a recente legalização das apostas esportivas.
Espero que a nova administração abra os olhos a realidade do país. O Brasil é um dos maiores mercados de jogos clandestinos do mundo. O dia que os responsáveis do governo entenderem o dinheiro que perdem e os empregos que gerariam, o regularão rapidamente. O Brasil deve abrir tudo: apostas, bingos e cassinos. O negócio não pode ser para um grupo ou apenas um setor. Deve atender todos os aspectos do jogo de uma só vez.

Tem dimensionado o Brasil como um mercado e poderia colocar este país como um gigante ao lado da Europa quando se regule e se consolide?
Sem dúvida alguma. Se o Brasil abordar a sério esse tema, se converterá em um dos maiores mercados do mundo.

Fonte: GMB