VIE 5 DE DICIEMBRE DE 2025 - 16:19hs.
Fabricio Murakami, diretor de marketing

“Pay4Fun desenvolveu solução de QR Code para futuros cassinos físicos no Brasil”

A Pay4Fun esteve na ICE Barcelona para reuniões com clientes e futuros parceiros em duas salas privadas. Em entrevista exclusiva ao GMB, o CMO Fabricio Murakami apontou que no início do mercado regulado houve fricção no registro de novos usuários, mas que tudo está se equilibrando. Ele apontou que a empresa está pronta para oferecer transações por cripto se ela for regulada e que tem um sistema via QR Code para futuros cassinos físicos no Brasil.

 

Games Magazine Brasil – Conte-nos como tem sido esse novo momento da Pay4Fun no mercado regulado brasileiro, já que as regras de transações financeiras acabam de passar por grandes mudanças.
Fabrício Murakami -
A gente está bem esperançoso. Passamos a virada do ano apreensivos por conta dessa mudança de chave da regulamentação. Vimos que o mercado, no final das contas, acabou passando por alguns problemas de maneira geral. Estamos acompanhando muito de perto a movimentação por conta de todas essas mudanças de regra.

Notamos que existe uma fricção maior com relação ao cadastro de novos usuários dentro dos sites. Isso tem impactado os números, mas acreditamos que seja uma fase transitória e passageira. Em breve o mercado deve retomar o crescimento.

Em nível global, os números do mercado são impressionantes. Com a regulamentação e as fiscalizações que devem ocorrer, acreditamos que o mercado crescerá bastante nos próximos meses.

Essa adaptação tem sido difícil, apesar de a Pay4Fun já estar preparada para e ter toda uma tecnologia avançada por trás das transações financeiras?
Para nós, a adaptação foi mais tranquila, já que há tempos trabalhamos com uma série de requisições impostas pelo regulador. Fomos a primeira empresa do setor financeiro no Brasil a ser autorizada pelo Banco Central. Já seguíamos há anos as regras.

É claro que tivemos adaptações em nosso modelo de negócio, como contas transacionais e gráficas, mas nosso time de desenvolvimento é muito competente. Conseguimos implementar as mudanças rapidamente. Foi apenas uma questão de reintegração com os operadores com quem trabalhávamos e que estavam regulados.

Durante o processo, detectamos gaps que poderíamos melhorar, com base no feedback de operadores e clientes. Fizemos ajustes na integração para facilitar o cadastro e o depósito de novos usuários. Trabalhamos em parceria com operadores para implementar melhorias no processo de KYC e, agora, buscamos um market share ainda maior em 2025.

Estamos alterando políticas comerciais para acompanhar o mercado. Temos perspectivas de crescimento monstruosas para este ano.

 



Do ponto de vista técnico não há mais o que fazer? O que vem em termos de tecnologia que seja diferente de tudo o que vinha sendo oferecido ao mercado?
Costumo dizer que o produto passa por evoluções de tempos em tempos. À medida que recebemos feedbacks dos operadores, a ideia é que melhoremos cada vez mais o produto para o usuário final, especialmente em termos de usabilidade e fricção. Mas sempre tendo em mente o olhar crítico que a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) colocou como regra.

Há espaço para evolução e temos atualizações periódicas para melhoria tanto com relação ao usuário final quanto para nosso cliente. Além disso, estamos de olho no mercado e preparados para oferecer soluções para pontos físicos, como uma solução de QR Codes, para quando o mercado estiver apto a isso. A Pay4Fun pode se colocar como um parceiro confiável de depósito e saque.

Fala-se que no caso da legalização dos cassinos físicos, não poderá ser utilizado dinheiro físico, apenas transações digitais. É esse o novo mercado da Pay4Fun?
Sem dúvida. Acompanhamos em mercados que estão embrionários no setor que ainda utilizam dinheiro. A questão da digitalização é uma realidade e vai acontecer cedo ou tarde. Nascemos no meio digital e há oito anos trabalhamos com esse tipo de vertente de moeda 100% digital, então isso não é um segredo para nós. Estamos acompanhando também o projeto do Drex (Real Digital), que ainda está em discussão no Banco Central. Pode ser uma oportunidade de negócios para a Pay4Fun.

No mundo inteiro já se utiliza criptomoedas no setor de iGaming. Como a Pay4Fun vê isso, ainda que no Brasil não exista uma regulamentação para as criptos?
Seguimos as diretrizes do regulador e aguardamos a regulamentação. Assim que tivermos autorização, estaremos preparados para implementar cripto como forma de pagamento. Enquanto isso não sai, nosso papel é acompanhar de perto os rumos de uma possível regulação para que possamos atuar também nessa vertical.

O domínio dessa tecnologia e de uma possível integração já faz parte do dia a dia da Pay4Fun?
Sem dúvida. Há alguns anos acompanhamos isso de perto. Conversamos com muitos parceiros e que estão ligados a esse mercado e estamos muito antenados com o formato desse futuro tipo de solução. Esperamos apenas um aval do nosso regulador para, no momento certo, oferecer cripto como método de depósito e saque.

Fonte: Exclusivo GMB