De 3 a 4 de Dezembro, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, o OGS Brazil reunirá operadores, provedores de produtos e serviços, reguladores e autoridades para discutir o cenário atual e uma futura regulamentação do setor de Jogos Online e Apostas Esportivas no Brasil. Com a renovação nas bancadas tanto no Senado, quanto na Câmara dos Deputados, é esperado que o tema da Regulamentação do Setor volte à pauta.
GMB - Com quais expectativas você chega ao Online Gaming Summit Brasil, um evento inédito para nosso mercado? De que tratará seu painel?
Fábio Tiberia - As expectativas são sempre relacionadas a um grande evento com profissionais mundiais comparando ideias e experiências. O evento é inédito, mas, esperado.
O meu painel tratará de um mundo de vantagens. O que o jogo online e as apostas esportivas vêm fazendo pela economia de mercados regulados?
Esse tipo de encontro onde se compartilha conhecimento é algo que o país necessita para evitar que a população siga mal informada sobre falsos “perigos” do jogo?
Eu acredito veementemente que a população tem que ter conhecimento daquilo que é há anos uma realidade mundial. Tudo aquilo que não se conhece pode gerar má informação e sobretudo ignorância. Sobre os falsos “perigos”; é necessário distinguir jogos de habilidade como o poker, apostas de cota fixa e Exchange esportivas dos jogos com payout pré-determinados ou aleatórios.
Pode nos adiantar algumas das ideias ou alguns dados que apresentará ao público em seu painel?
Sendo italiano, irei apresentar o quadro atual do jogo online na Italia com integração dos VLT (Vídeo Lottery Terminal) e dos AWP (Amusements With Prizes) analisando os benefícios econômicos e a atuação, da parte do governo atual, de novas normas dedicadas aos os jogos em geral.
O jogo online parece ser hoje a modalidade de maior crescimento no mundo, acredita que esse fato se deve a que motivo?
O acesso imediato a qualquer tipo de bem de consumo hoje é determinado pela maior descoberta do século: a internet.
As lojas físicas como farmácias, restaurantes, roupas, etc; estão sendo cada vez mais substitutas pelos e-commerces. Nessa revolução também entra o jogo online.
Hoje o processo de elaboração de uma ideia de consumo é praticamente imediata. Você visualiza, elabora e compra. Tudo em pouquíssimos segundos. O jogo online enfatiza ainda mais o aspecto da impulsividade do consumo. Os negócios físicos, independentemente de que gênero forem, não contemplam essa qualidade.
Então, a internet é igual uma chave e o imediatismo no consumo do bem é a porta de entrada.
Outra revolução já esta acontecendo é o blockchain (a nova chave de acesso).
O negócio do jogo físico está em risco?
Eu acho que o jogo físico com “prêmios totalizados” como loterias, lotto, win to win etc.. vão continuar existindo porque o jogador aplica “una tantum”; uma “aposta” por concurso. Nas apostas a cotação fixa, Exchange e etc; há uma avaliação dinâmica do jogo que aumenta o imediatismo da ação que contrasta com a ideia de “betshop”. Também os sistemas de pagamentos e o “KYC” estão sendo transformados por causa da nova tecnologia blockchain melhorando a "user experience” do jogador online.
Como avalia o avanço do jogo online e das apostas em nível legislativo no Brasil?
Sendo mais um técnico que um legislador não me permito comentar sobre esse assunto, mas, acredito que o Brasil poderia mutuar as experiências de outros países para convertê-las em um único modelo legislativo brasileiro.
Acredita que já em 2019 teremos um mercado aberto e regulado?
Acho muito difícil em um ano ter um "white market”. A regulamentação é um processo que demora e depende também daquilo que quer ser feito.
Como imagina que o novo governo liderado por Jair Bolsonaro abordará o mercado de jogos no país?
Sinceramente, não sei. Eu deixaria a opinião da população prevalecer, afinal: "vox Populi vox dei" (a voz do povo é a voz de Deus).
Faça contato com [email protected], informe o código OGS19 e garanta a sua inscrição com condições especiais.
Fonte: GMB