MIÉ 15 DE MAYO DE 2024 - 01:20hs.
Ramiro Atucha, COO de Leander Games

“Por ser um líder, as regulações e resultados do Brasil serão vistos por toda América Latina”

A Leander Games, importante provedora de conteúdos para operadores como Pokerstars, Betsson, Vera & John, Paddy Power / Betfair, entre outros, chega ao OGS com stand próprio para poder contribuir com sua experiência de 10 anos no nascente mercado de jogo online do Brasil. “O tamanho da população no Brasil, a penetração da tecnologia e o nível cultural; nos faz pensar que será um mercado importante e que exercerá uma liderança na região”, opina Ramiro Atucha, COO da empresa em entrevista exclusiva ao GMB.

De 3 a 4 de Dezembro, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, o OGS Brazil reunirá operadores, provedores de produtos e serviços, reguladores e autoridades para discutir o cenário atual e uma futura regulamentação do setor de Jogos Online e Apostas Esportivas no Brasil.

GMB - Com qual expectativa sua empresa chega ao Online Gaming Summit Brasil, um evento inédito para nosso mercado? Quais serviços/produtos de sua companhia destacaria para este novo mercado que se abre no país?

Ramiro Atucha - Chegamos com muita expectativa. Entendemos que Brasil está a caminho de regular o jogo online e esse é o mercado em que a Leander vem se desenvolvendo nos últimos 10 anos. No nosso stand vamos apresentar nossa plataforma de agregação de conteúdo e mais de 200 jogos de slot que estão competindo exitosamente nos principais mercados europeus.

Na Europa, a Leander é uma provedora importante para operadores como Pokerstars, Betsson, Vera & John, Paddy Power / Betfair, entre outros. Acreditamos ter aprendido muito com essa experiência e com humildade, gostaríamos de poder contribuir com nossa experiência no nascente mercado de jogo online do Brasil.

Nos últimos dias, o congresso brasileiro legalizou as apostas esportivas, qual sua opinião sobre esse avanço? O que esperam?

A regulamentação no Brasil é um feito eminente já faz 10 anos, porém, nunca chegava. Sempre tivemos claro que em algum momento iria ocorrer e celebramos que isso tenha acontecido. O Brasil é um líder na América Latina e suas regulações e resultados serão vistos por toda a América Latina.

Como acreditam que deveria ser a regulamentação e a regulação do negócio das apostas esportivas no país? Esperam que seja com multi-licenças?

Sempre é bom que haja concorrência, por isso que definitivamente recomendamos a multi- licença. 

Há muito o que recorrer no que foi feito pelos reguladores europeus.

Nesse sentido recomendaríamos que considerem as regulações europeias como base. A vantagem de começar mais tarde a regulação é a possibilidade de comparar regulações de outros países e seus resultados. Faz sentido começar pelas apostas esportivas e aos poucos ir incorporando o resto das formas de apostas.

O Ministério da Fazenda deve seguir algum modelo de paises com regulação bem-sucedida para ter como exemplo? Qual seria?

Me parece interessante o modelo das Filipinas porque mostra claramente o impacto que a arrecadação impositiva pode ter sobre a arrecadação do estado. O modelo da UKGC (inglês) me parece interessante pela sua proteção ao jogador e pelo padrões regulatórios elevados.

Se pudesse sugerir algo - com toda a humildade - seria que se considerasem válidas as certificações com padrões mais elevados da Europa (UKGC, Malta, AGCC, Gib) de modo que a provisão da variedade de jogos seja mais simples, porém, sem sacrificar a qualidade.

Licenças para os operadores (onde se unifica o lado impositivo) e certificações existentes para os provedores de ditos operadores. Em consequência, os provedores dos operadores colaboram com sua proporção impositiva.

Esse tipo de encontro, como o OGS, onde se compartilha conhecimento é algo que o país necessita para evitar que se siga informando mal a população sobre os falsos “perigos” do jogo?

Uma pessoa sempre teme o que não conhece. Conhecer e se informar ajuda. Ao longo da historia está demonstrado que quem quer jogar encontra uma forma para fazê-lo. De forma regulada ou não. Ao não regular se deixa de cobrar impostos, se desprotege o jogador e se penaliza a quem respeita a lei. Através da regulação o estado protege os jogadores assegurando que o espirito do jogo (entretenimento) se mantenha, e evitando o crescimento das ludopatías. Os impostos sobre o jogo podem representar uma contribuição importante para a arrecadação do estado, porém, temos que ter cuidado para que não seja excessivo, para permitir a chegada dos melhores grupos e os las melhores investimentos a longo prazo.

O jogo online parece ser hoje a modalidade com maior crescimento no mundo, acrdita que esse dado se deve a que?

Definitivamente está relacionado com o avanço das tecnologias. Na Europa o jogo através de dispositivos móveis representa 60% do total das apostas, contra 40% por meio de computadores pessoais. Inexplicavelmente, os operadores de cassinos físicos na América Latina tem feito esforços por causa da demora na regulação do jogo online, quando poderiam tê-la liderado. Ojalá assumissem essa liderança, e se apoiassem na experiência gerada por mercados com história no jogo online.

Em relação a magnitude, que tipo de mercado imaginam que o brasileiro será? Qual produto acreditam que terá mais sucesso?

Na América Latina o jogo faz parte da cultura. Gostamos de jogar, gostamos de apostar. Isso somado ao tamanho da população no Brasil, a penetração da tecnologia e o nível cultural do Brasil nos faz pensar que será um mercado importante e que exercerá uma liderança na região. Da regulação e da atenção do governo depende a possibilidade de que seja o entretenimento, um aporte à sociedade e a arrecadação em vez de um vício e uma forma de perder dinheiro.

Como acredita que o novo governo liderado por Jair Bolsonaro abordará o restante do mercado de jogos no país?

Imagino que avançará com uma regulação protegendo os interesses do povo brasileiro.

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Fonte: GMB