Nos próximos dias 3 e 4 de dezembro, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, o OGS Brasil reunirá operadores, provedores de produtos e serviços, reguladores e autoridades para discutir o cenário atual e a futura regulamentação do setor de Jogos Online e Apostas Esportivas no Brasil.
GMB - Com quais expectativas você chega ao Online Gaming Summit Brasil, um evento inédito para o nosso mercado? Quais serviços / produtos da sua empresa se destacariam para esse novo mercado que se abre no país?
Marzia Turrini - Os eventos mais recentes em pauta e a legalização de apostas esportivas sem dúvida reavivaram o interesse pelo futuro do Brasil em toda a comunicação internacional do setor de games. Nós, como BMM testlab, queremos estar na vanguarda no apoio a este processo inicial, bem como nos estágios futuros. A BMM possui uma vasta e reconhecida experiência no campo regulatório. Nossos serviços de certificação, consultoria e segurança cibernética suportam todo o setor: fabricantes, produtores de jogos e plataformas, operadores e reguladores. Estamos confiantes de que o Brasil representará um dos mercados mais importantes para nossa empresa.
Recentemente, o Congresso brasileiro legalizou as apostas esportivas. O que você acha desse avanço? Quais são as suas expectativas agora?
Mudanças políticas sempre trazem mudanças em nosso setor. Nesta ocasião as mudanças são muito positivas e abrem as portas para a legalização da indústria.
Como você acha que a regulação do negócio de apostas esportivas deve ser feita no país? Você espera que seja com licenças múltiplas?
O Brasil tem que adotar uma política de livre mercado. Só assim o país pode se beneficiar da legalização desse setor.
Se você podesse sugerir ao Ministério da Fazenda algum modelo de país com regulamentação bem-sucedida para tomar como exemplo, qual seria?
Não existe um único modelo que funcione. O melhor é desenvolver um modelo que inclua o melhor dos regulamentos internacionais, ou seja, um modelo que beneficie os empregadores e o Estado, sempre levando em consideração que cada país é caracterizado por suas idiossincrasias.
Esse tipo de reunião de compartilhamento de conhecimento é algo que o país precisa para evitar que a população seja mal informada sobre os "perigos" do setor de jogos?
Esse tipo de reunião é uma das maneiras que temos à nossa disposição para comunicar ao cidadão que o setor de jogos é como qualquer outro, que, se regulamentado e controlado, gera empregos e impostos.
O jogo online parece ser hoje a modalidade que mais cresce no mundo. Por que você acha que isso está acontecendo?
O setor de jogos evolui em sintonia com os outros setores. A tecnologia nos mostra mais e mais avanços revolucionários e novas gerações de jogadores pedem algo diferente. Por essa mesma razão, o jogo online está tendo tanto crescimento. Apesar disso, não é necessário pensar que será um substituto para o jogo face a face. As duas formas de entretenimento precisam trabalhar juntas. A estratégia multicanal ainda é a chave para o sucesso.
Em termos de tamanho, que tipo de mercado você imagina que o brasileiro será? Qual produto você acha que será mais bem-sucedido?
O Brasil será, sem dúvida, um dos mercados mais importantes do setor de games. Como mencionei antes, a chave do sucesso é gerada por uma administração que vê o jogo presencial e o jogo online trabalhando juntos e não em antagonismo. Quanto ao segmento de produtos, eu não ficaria surpresa com um boom de apostas esportivas.
Como você acha que o novo governo liderado por Jair Bolsonaro abordará o restante do mercado de jogos no país?
Jair Bolsonaro quer um Brasil liberal ... O liberalismo econômico estimula a economia, o crescimento, a inovação e minimiza a intervenção do Estado. Espero que o novo governo aplique esta filosofia e legalize a indústria do jogo. Esta política não só terá benefícios econômicos para a indústria e para todo o país, mas também elevará os princípios éticos para um setor que não merece ser considerado um tabu.
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Fonte: GMB