GMB - Na última semana aconteceu o primeiro Online Gaming Summit Brazil, evento voltado as apostas esportivas do qual a Sportradar esteve presente. Qual a sua avaliação do encontro?
Mateo Lenoble - Nós como Sportradar estamos muito contentes e satisfeitos com o evento. A concorrência foi muito grande e as palestras muito interessantes. Achamos que o que está acontecendo no Brasil é muito importante e ter legalizado as apostas esportivas muito rápido que dizer que o estão dispostos a legalizar e regulamentar a modalidade em um período de dois anos e isso vai ser muito para o país.
A Sportradar já está presente no Brasil através de parceiras com as federações de futebol de São Paulo, de Santa Catarina e a própria CBF. Como funcionam essas parcerias e quais seus objetivos?
A Sportradar tem um departamento muito grande de integridade, nos esforçamos muito para proteger o esporte e por isso fazemos muitas parceiras com federações, como você lembrou, e também com a FIFA e a CONMEBOL. Se nós identificamos que alguma partida foi arranhada por uma fraude, comunicamos a essas federações para que possam fazer uma investigação e assim proteger o futebol que é o mais importante do negócio.
Qual seria a função da Sportradar e como ela pretende trabalhar no Brasil após a regulamentação das apostas esportivas no país?
A Sportradar não é uma operadora; somos fornecedores de dados, então, nos integramos aos operadores e fazemos a gestão de risco para que eles possam se proteger contra cartéis de apostas e possíveis perdas. Também fazemos parcerias com plataformas de software para que em conjunto possamos oferecer todos os nossos produtos aos operadores. E assim pretendemos atuar no mercado brasileiro.
E quais as expectativas para essa atuação da empresa no mercado brasileiro?
São muito grandes. O mercado brasileiro é um mundo. Um continente dentro de outro continente. E sabemos pelo que ouvimos nas palestras que tem um nível de apostas muito grande e é o maior país da América do Sul por isso estamos muito focados neste território.
Qual seria o melhor modelo de regulamentação para as apostas esportivas no Brasil? Um que seguisse a ideia de um monopólio ou um que abrisse concorrência para diversas licenças aos operadores?
Isso é algo que vai depender do regulador. Eu não sei qual seria o melhor modelo. Conheço o que foi usado na Colômbia e esta funcionando muito bem. Mas, não tenho certeza do que o regulador irá seguir e tão pouco o modelo que funcionaria melhor no Brasil.
Como a Sportradar avalia o momento de transição de governo no Brasil e quais as expectativas para o mandato de Jair Bolsonaro em relação ao processo de legalização dos jogos?
Eu acho que o novo presidente Jair Bolsonaro vai seguir o alinhamento que está seguindo agora com a legalização e regulamentação das apostas esportivas. Como escutamos nas palestras: o jogo no Brasil já existe. Então, ele tem que ser regulado para o que governo brasileiro possa cobrar impostos sobre isso, regular e proteger o esporte, ajudar as pessoas com problemas de ludopatia; e fazendo a regulamentação poderá fazer tudo isso. Acredito que é um caminho que o novo governo vai seguir.
Fonte: Exclusivo GMB