Quem abriu a mesa de conversa foi Roberto Brasil Fernandes, Consultor em Gaming e diretor da ABLE. Didático e preciso na sua fala, explicou sobre as três forças políticas da sociedade que são o poder executivo (presidente), Parlamento (Câmara e Senado) e a sociedade civil e cravou que pelo país ser uma democracia “o Locus de debate está no Governo Federal, o Brasil depende do Parlamento para regulamentar e legalizar os jogos”, disse.
Brasil Fernandes falou dos importantes esforços que levaram a aprovação recente da Medida provisória 846, que agora depende da aceitação ou veto do presidente e diz que a luta é para “tirar os jogos das páginas policiais e inserir nas páginas de economia dos jornais”, parafraseando Olavo Sales da Silveira, presidente da ABRABINCS.
Depois de Fernandes, o Deputado Federal Evandro Roman, que faz parte da Frente Parlamentar da Liberação de jogos no Brasil, tratou das dificuldades de emplacar a regulamentação no Congresso e da mentalidade do “tudo ou nada”, que impera no Brasil. Ou seja, a ideia de que não se é possível regularizar aos poucos. Para o parlamentar, o diálogo está nas casas da Câmara e do Senado, onde o debate acontece.
No entanto, o crescimento da bancada fundamentalista e o convencimento da população de como o jogo pode trazer desenvolvimento e arrecadação são os maiores entraves. “Sem o apoio da bancada fundamentalista não iremos aprovar. Interiormente eles são favoráveis, mas, não têm como justificar para os seus públicos e nosso desafio é mostrar esse caminho, afirmou Roman.
Rui Magalhães, Diretor Sênior de Negócios, Tecnologia e operações da Estoril Sol Digital encerrou a mesa e trouxe o exemplo da Europa – líder nos jogos on-line -, de seu país Portugal e falou de formas de evitar a lavagem de dinheiro para o jogo sair desse estereótipo e passar a ser tratado como negócio sério.
“Os jogos em Portugal são vistos como forma de estimular a cidadania e isso é o principal. Um cassino tem cultura, restaurantes e entretêm. São as leis que trazem isso, assim como além das leis, as empresas têm regras internas sérias como um cuidado adicional. Em Portugal a tecnologia também serve a favor da fiscalização e do uso do jogo como uma ferramenta saudável e não satanizada”, finalizou Magalhães.
Fonte: Exclusivo GMB