MAR 16 DE ABRIL DE 2024 - 14:52hs.
OGS 2019 – Painel sobre Publicidade & Mídias

“Setor de jogos deve buscar transparência em sua comunicação para ter credibilidade”

No segundo dia da OGS Brazil 2019, Carlos Cardama, CEO da Games Magazine Brasil, participou do painel sobre publicidade & comunicação do Jogo no pais junto a Paulo Saad, VP do Grupo Bandeirantes, Juliana Albuquerque, diretora jurídica do Conar, Witoldo Hendrich Jr., conselheiro da Associação Brasileira de Propaganda, e Rodrigo “Loco” Alves, editor do Aposta F.C e presidente da Associação Brasileira de Apostas Esportivas.

Paulo Saad, vice-presidente do Grupo Bandeirantes, mediou o painel sobre comunicação e publicidade no segmento de jogo, destacando que é muito importante que a regulamentação das apostas esportivas seja muito transparente. “O Brasil é um excelente mercado e deverá ficar entre os cinco maiores do mundo na área das apostas esportivas”.

A publicidade, no Brasil, está muito bem consolidada, com autorregulamentação das mais consistentes, e no jogo não deverá ser diferente. “Como representante de um grupo de comunicação, reafirmo que estaremos muito atentos às melhores práticas da operação das apostas esportivas e tenho certeza de que todos os investidores e operadores terão a mesma responsabilidade e comprometimento”, disse.

Saad passou a palavra para Juliana Albuquerque, diretora jurídica do Conar, para falar justamente sobre ética e boas práticas para a publicidade de jogos. “A relação inicial com o consumidor se dá a partir da publicidade, ou seja, a porta de entrada para um relacionamento duradouro envolve a informação completa e apurada para garantir a confiança do consumidor”, disse, destacando que “a autorregulamentação nada mais é do que analisar o que se está oferecendo e se o consumidor está entendendo aquilo que é oferecido. Assim, entendemos que esse código de autorregulamentação estará na mira de operadores e afiliados quando da publicidade de seus produtos e plataformas.”

 

 

Segundo ela, “as regras propostas na regulamentação das apostas esportivas estão conforme as políticas adotadas pelo Conar e isso irá garantir a proteção ao consumidor nesse novo mercado que se abre.”

Witoldo Hendrich Júnior, também participante do painel, disse sentir-se privilegiado por ter um case de sucesso quando Hendrich Digital Content assinou um contrato com a NetBet e tudo que envolveu o patrocínio da NetBet com o Maracanã, que depois acabou tendo sua marca em estações de metrô e ônibus. “Isso foi a porta de entrada da publicidade de jogos no mercado brasileiro. Hoje, muitos times de futebol têm estampados em suas camisas marcas famosas que estão aqui conosco na OGS.”

De acordo com ele, os operadores terão de entender muito bem as características do mercado e das leis brasileiras de proteção ao consumidor. “A propaganda e o jogo não andam na contramão do consumidor e, por isso, terá de ser adequada às características que surgirem na regulamentação”, afirmou.

 

 

Carlos Cardama, CEO da Games Magazine, trouxe sua experiência no mercado brasileiro de jogos a partir da comunicação, que envolveu o lançamento da revista Games Magazine e, agora, com o portal de notícias Gamesbras. “Vendemos a ilusão, pois o jogo é isso... é um momento lúdico. Para vender isso, precisamos acreditar e, mais ainda, crer que aquilo que está sendo oferecido é uma realidade confiável”, disse.

Para ele, o potencial do Brasil é imenso e a regulamentação das apostas esportivas será ponto de partida para a legalização de todas as modalidades de jogos. “Esse momento vai chegar e o país será uma das maiores jurisdições de jogo do mundo”. Nesse ponto, Paulo Saad destacou que o papel do jornalismo e do jornalista é fundamental para que o setor como um todo seja reconhecido como uma atividade econômica importante.

“Temos de ser claros e contribuintes em todos os artigos que publicamos para ajudar aqueles que estão trabalhando pela regulamentação dos jogos. É nossa responsabilidade não desistir e trabalhar com seriedade nos assuntos que envolvam a informação de qualidade", agregou Cardama.

 

 

Rodrigo “Loco” Alves, editor do Aposta F.C e presidente da Associação Brasileira de Apostas Esportivas, trouxe sua experiência como apostador. “Minha história de apostador começou em 2008, quando comecei a apostar no Campeonato Paulista e onde perdi bastante dinheiro. Comecei por acaso e falo isso para dizer que vejo o tema ‘aposta esportiva’ a partir de minha experiência pessoal. Foi por esse conhecimento e envolvimento que passei a estudar e a  explorar a questão das afiliações e das mídias sociais, quando passei a desenvolver alguns projetos de comunicação com empresas de apostas e quando surgiu o Apostas F.C., portal de apostas com oferta de cursos sobre jogos”, conta, destacando que hoje possui uma empresa de marketing voltada ao jogo e às apostas esportivas justamente pelo fato de ter entendido profundamente a questão.

Para ele, as redes sociais são muito fortes no Brasil, mas todos precisam ter espaços próprios para atrair cada vez mais visitas. “Para isso, será muito importante montar boas ferramentas de SEO. Na área de apostas, isso será fundamental, assim como um trabalho sério e voltado à transparência na publicidade”.

 

 

De acordo com “Loco”, a lei de apostas esportivas não foi bem elaborada. “Sou totalmente favorável a uma lei para a atividade, mas a que foi aprovada adota entre outras coisas posturas tributárias inadequadas e complicadas de serem praticadas. Tomara que estas questões não levem o apostador a sites do exterior ou ao mercado cinza”, disse, destacando que “aposta esportiva não é o mesmo que loteria”.

Ao resumir as apresentações e os conceitos, Paulo Saad afirmou ser importante o “Setor de jogos se auto-regulamentar e buscar transparência em sua comunicação para ter a credibilidade que precisa para alcançar o sucesso. Isso será importante para o operador e seus afiliados do ponto de vista de sucesso econômico bem como segurança aos apostadores, que irão receber exatamente aquilo que lhes foi oferecido. É preciso criar uma massa crítica para a opinião pública de não demonização do setor de jogos”.

Fonte: GMB