VIE 5 DE DICIEMBRE DE 2025 - 04:19hs.
Georges Didier Flores, diretor regional LatAm

“A GLI apoia operadores e reguladores para o crescimento do ecossistema de jogos na LatAm”

A GLI, um dos primeiros laboratórios credenciados no Brasil para certificar o ecossistema de jogos e apostas, esteve no recente SBC Lisboa, quando Georges Didier Flores, diretor regional LatAm, recebeu o GMB para uma entrevista. Nela, destacou o apoio consistente da empresa a operadores e reguladores, com foco na sua expansão na região. Ele ressaltou a robustez da regulação brasileira e os desafios encontrados, revelando que espera com ansiedade a legalização também de cassinos físicos.

 

Games Magazine Brasil - Quais foram as novidades da GLI no SBC Lisboa e com que objetivos estiveram no evento?
Georges Didier Flores -
A GLI esteve presente apoiando a indústria e acompanhando tanto provedores quanto operadores e os reguladores que nos visitaram no evento, sempre dando-lhes as últimas novidades, as atualizações existentes e apoiando também os operadores a expandir seus negócios, de maneira a entrarem em novas jurisdições, conforme as necessidades ou planos que tenham.

Novos mercados! O principal hoje é o Brasil que já está operando, bem como outros da América Latina, como Peru e Chile, que estão trabalhando nisso. Como está o manejo deste tema por parte da GLI na região?
Efetivamente, o maior na região agora é o Brasil, onde existem mais operadores e marcas que estão operando sob a regulação da SPA. Há outras jurisdições, como Peru, que estão crescendo e avançando com seu processo regulatório. Por exemplo, no Peru, estamos falando de mais de 100 licenças tanto para jogos online quanto para apostas esportivas. E no Brasil, estamos falando de mais de 200 marcas para as apostas que estão autorizadas. São mercados grandes e há outras jurisdições que estão começando a trabalhar também, avançando em seu processo regulatório para novamente abrir novas jurisdições e mais oportunidades para operadores e fabricantes.

 



A regulamentação do Brasil se fala que é uma das mais rígidas do mundo. Como foi para vocês no começo e como está hoje?
É uma regulamentação bastante moderna, muito sólida erobusta. Vemos uma regulamentação que está alinhada com os padrões da indústria. Tem toques exclusivos, obviamente, que deve ter cada regulamentação específica. Por exemplo, o tema da biometria, tema do KYC, os processos de controle, que devem ter. Então, é uma regulamentação muito boa. Ao estar alinhada com as melhores práticas de controle e de requisitos técnicos, torna mais fácil para operadores e fabricantes entrarem em um mercado com essas características.

Quais são os desafios para operadores e fornecedores de jogos para entrar em um mercado tão regulamentado como o Brasil?
Bom, o desafio basicamente é estar conforme a normativa. O processo de certificação é algo que deve ser cumprido para ter a autorização como operadores. E para os fornecedores, a certificação deve ser obtida para poder oferecer seus produtos aos operadores licenciados. Eu vejo o conceito de certificação como algo não apenas mandatório e regulatório, mas que assegura a qualidade do produto, integridade e segurança, proporcionando ferramentas de controle ao regulador e permitindo monitorar a atividade no mercado regulado de jogos na América Latina.

 



Que suporte a GLI dá para o ecossistema de jogos na América Latina?
Atualmente temos um executivo destacado no Brasil cuidando da comunicação e desenvolvimento de negócios por lá e estou, juntamente com a equipe da América Latina, monitorando esta parte. Temos laboratórios e escritórios ao redor do mundo que oferecem às empresas que estejam participando do processo de certificação recursos para realizar processos nos prazos necessários e da forma correta.

Quantos laboratórios existem hoje no mundo e quais são os planos para os próximos seis meses ou um ano?
Temos entre 30 e 40 escritórios ao redor do mundo e há planos de continuar expandindo, principalmente na região. Estamos observando o Brasil, que em breve terá um escritório local para continuar avançando, crescendo e oferecendo mais suporte aos clientes na região.

Esperando também pela possível legalização dos cassinos físicos no Brasil? Como a GLI vê esse tema?
Esperamos isso com grande expectativa, sempre acreditando que um mercado deve ser regulado, garantindo segurança nas operações, receita para o governo e controle sobre a atividade. Uma boa regulamentação é uma boa alternativa.

Fonte: Exclusivo GMB