VIE 5 DE DICIEMBRE DE 2025 - 04:21hs.
Felipe Costa Nadalini, Sales Account Executive – Brasil

“A Optimove aposta no Positionless Marketing e na gamificação para impulsionar o mercado brasileiro”

A Optimove destacou no SBC Lisboa o conceito de Positionless Marketing, que permite mais autonomia e criatividade aos profissionais, além de apresentar sua nova plataforma de gamificação. Em conversa com o GMB, Felipe Costa Nadalini, sales account executive Brasil, reforçou a importância da tecnologia diante da regulamentação brasileira e planos de expansão na América Latina, mantendo foco em longo prazo e inovação no iGaming.

 

Games Magazine Brasil – Quais foram as novidades da Optimove no SBC Lisboa e com que objetivos vocês participaram do evento?
Felipe Costa Nadalini –
Em primeiro lugar, não dá para faltar ao SBC. É um “must have”, é mandatório estarmos no evento. Tivemos dois intuitos. O primeiro é falarmos do Positionless Marketing, novo rebranding que já fazemos há muito tempo. O Positionless Marketing é uma forma de olhar para o marketing menos centralizado, com mais liberdade e mais criatividade para aquele analista, para aquele diretor de marketing, CRM.

Por quê? Normalmente o marketing era feito como se fosse uma esteira de uma fábrica de carro do século passado. Você tem uma pessoa que é do criativo, uma que faz a copy e uma que dispara o e-mail. Então, você tem em silos cada pessoa fazendo uma parte específica. O Positionless é um termo que vem do basquete, em que um bom jogador, hoje, não é só um pivô ou um armador, ele tem uma volatilidade muito maior e consegue atuar em várias frentes e acaba agregando muito mais ao jogo. É a mesma coisa aqui.

Com a plataforma, esse profissional do marketing consegue em uma campanha que levaria dias ou até semanas, fazer em questão de minutos, porque a ferramenta dá essa liberdade para que ele não precise ser um mega especialista em copy, um mega especialista em mídia. Ele consegue fazer de uma forma muito mais versátil.

A segunda, como sabemos que o Brasil é muito forte em gamificação e todo mundo gosta da ferramenta, apresentamos nossa nova plataforma de gamificação. Lançamos há alguns meses e agora estamos trazendo mais recursos e funcionalidades de gamificação, que estão para chegar até o final do ano.

 



Como o mercado, especificamente o brasileiro, vem recebendo não só esse posicionamento de marketing, como as ferramentas que virão na plataforma?
Eu digo que tecnologia não é mais um “nice to have”, como se fala. Não é mais uma coisa que é legal de ter. É mandatário. Ao ver o mercado regulado, não temos de pensar apenas no GGR e em aumentar o número de depósito. Temos de pensar em Jogo Responsável e uma série de coisas que envolvem a legislação brasileira. A tecnologia é fundamental para isso.

Se eu tenho, por exemplo, um jogador que está mudando muito a maneira como ele faz o depósito e o jogo, isso pode alertar para uma talvez tendência à ludopatia. É preciso uma ferramenta, uma inteligência artificial que detecte isso e fale: "Opa, eu vou parar de mandar a campanha para essa pessoa para colocar ele numa campanha de conscientização ou até parar a comunicação. Sem tecnologia você não consegue fazer isso. O mercado está muito aquecido e procurando esse tipo de solução.
 


Aliás, tecnologia e inovação são palavras-chave que caminham juntas no iGaming. Como a Optimove se posicionou – e é legal usar esse termo - relação a oferecer tudo isso para o mercado?
A gente já vem se colocando há muitos anos como a plataforma preferida de vários operadores globais, como a Betano e bet365, que estão conosco há muito tempo. Estamos muito fortes nisso, e com esse posicionamento no mercado.

Pensando em Brasil, onde houve um uma legislação forte e investimento muito alto, agora os operadores precisam entender qual a melhor forma de trabalhar sem inchar o time. Ter uma tecnologia que te permite ter poucas pessoas fazendo vários recursos e com qualidade – isso é que o Positionless traz – garante uma grande procura por nossa solução. Por isso, estamos contratando mais pessoas no Brasil diante dessa demanda.

 



Você falou na regulamentação brasileira. Ela traça uma série de critérios de marketing para atingir o público jogador. Podemos dizer que nesse aspecto é uma parceria entre a Optimove e a regulação, já que vocês estão seguindo justamente esse caminho?
Totalmente. No fim do dia uma ferramenta de CRM, retenção, é algo de longo prazo. Ela não vai ser um atalho que o operador vai fazer. Pelo contrário, nossas parcerias são todas de longo prazo e a ideia não é só como eu ajudo esse operador agora, até o final do ano. A ideia é como eu ajudo você hoje para daqui um ano, para daqui 5 anos. Assim, a meta é continuar evoluindo, mas também continuar pensando em longo prazo.

Tendo se habilitado no Brasil e entendido, ainda que nesses passos iniciais, a regulação, isso abre portas para vocês alcançarem outros países da América Latina que estão em busca de regulamentação?
Claro. Cada país tem uma regulamentação diferente, mas sempre há algumas similaridades. Estamos como se fala em inglês, que estamos no “sweet spot”, naquele momento ideal que é: temos uma tecnologia de ponta que opera no mundo inteiro, com clientes nos cinco continentes, mas com uma presença local. Temos gente no México, Colômbia, Brasil, enfim, em toda a América Latina que está acompanhando as tendências, os movimentos, com pessoas nativas e que falam a língua e entendem a cultura local. Fazemos esse mix ideal entre tecnologia global e presença local.

 



Isso vem dando certo? Quais os planos para os próximos meses e começo de 2026?
Vem dando bastante certo. Diria que 2025 está caminhando para ser o melhor ano na história da Optimove e vamos continuar investindo em duas coisas. O Positionless vai ser uma peça fundamental, porque a queremos continuar trazendo e levantando essa bandeira de que o profissional de marketing tem de ser versátil para fazer tarefas com qualidade. E para isso, precisa da tecnologia certa. Quanto à gamificação, nossa funcionalidade mais nova, é onde também continuaremos investindo mais esforço em produtos de ponta.

Fonte: Exclusivo GMB