Games Magazine Brasil - Quais novidades a InPlaySoft apresentou no SBC Lisboa e com quais objetivos a empresa esteve em um evento global como esse?
Gustavo Salvador Ferreira - Estamos tentando consolidar nossa marca, após a excelente expansão que tivemos no Brasil. Temos alguns produtos novos, principalmente quanto à otimização e customização do site. Sabemos a importância do front end para o operador, de deixar a plataforma com sua cara, de trazer a solução mais turnkey e aprofundada na customização. Estamos trazendo mais pioneirismo para fugir da mesmice. Hoje, conseguimos customizar o front em 100% e de acordo com as expectativas dos nossos clientes.
Podemos customizar desde os games cards, posições, tamanhos, animações e efeitos, não apenas o básico, como cor, nome do menu e ordem. Isso vale tanto na versão mobile quanto na versão desktop. O usuário pode navegar e ver uma interface amigável e na ordem que atende à demanda do operador e como serão os cards. Trouxemos alguns conceitos dos quais já falamos em entrevistas anteriores, com o uso da inteligência artificial para poder entender quais são os jogos em destaque ou não e criar um dinamismo pra categorias serem preenchidas automaticamente, por exemplo.
Com isso, sabemos quais são os jogos mais jogados e, automaticamente e de forma dinâmica, o sistema preenche cada categoria, apresentando soluções diferentes para usuários diferentes, o que é perfeito para um melhor engajamento.

A InPlaySoft adotou como princípio lançar a plataforma do zero, utilizando as melhores experiências globais. Isso tem dado resultados?
Tem sim. Conseguimos encurtar muitos caminhos. A InPlaySoft e seus sócios têm experiência de mais de 17 anos no mercado e decidiu não utilizar um código legado, mas começamos, como você mesmo falou, do zero, há uns quatro ou cinco anos.
Isso permitiu que pegássemos as melhores práticas e o melhor direcionamento, sem precisar herdar um código antigo. Decidimos lançar, por exemplo, uma customização de CMS, de front end sem levar anos de estudos. Conseguimos fazer esse desenvolvimento em um intervalo relativamente curto de tempo e entregar uma solução muito interessante. E com a vantagem que vai continuar evoluindo.
Lançamos cada projeto em um primeiro momento com as animações pré-definidas, para logo em sequência o próprio usuário subir a animação que ele quiser. A cada momento e de acordo com épocas específicas, como no Natal, por exemplo, o parceiro pode customizar todo o seu site, redesenhando-o conforme a sazonalidade de maneira 100% tranquila. Com isso, simplificamos as mudanças de forma bastante acelerada.
Quais são as ferramentas inovadoras que garantam o sucesso para o operador?
Isso passa por alguns fatores. Entendo a importância da inovação, mas sempre reforço que, primeiro, a gente temos de construir o básico extremamente bem-feito. Precisamos ter retenção no site e que ele seja estável o suficiente para não perder um usuário por causa do produto. Esse é o primeiro ponto. A segunda etapa é a da aquisição. Assim, melhoramos os canais de aquisição, mapeando o melhor comportamento para poder entregar uma solução que o cliente vai poder customizar, mas na qual o usuário final vai ter uma experiência positiva ou que vai impactar nos números. Por fim, trazemos soluções inovadoras, já voltadas para a análise Data Driven, por exemplo, o que nos garante uma base de dados gigantesca para acessar.
Hoje oferecemos, por exemplo, um Data Warehouse completo para o parceiro. Ele consegue criar a visualização direto para o que ele quiser, não só a dashboard padrão, que já é muito completa, mas ele pode chegar ali dentro, construir o que ele quiser de visualização e, a partir disso, tomar a decisão mais inteligente, mais voltada para o seu business, para a região, para a identidade da marca. Isso, com certeza, vai trazer mais resultados. Quando pensamos em inovação, a gente cobre primeiro essas duas camadas e depois seguimos para a terceira, entregando muita coisa de forma extremamente rápida, desde customização, Data Driven, IA etc., que faz parte do pacote.

Como diretor de desenvolvimento de negócios, como você vê o crescimento do mercado regulado em toda a América Latina e, especificamente, no Brasil?
Seria muito fácil a gente não conseguir ter essa visão, porque a empresa é um lançamento recente, atuando desde o início do ano. Mas de lá para cá, já estamos passando de 15. Então, é bem diferente de quando conversamos há 3 ou 4 meses. Estamos conseguindo uma relevância no mercado e isso está representado a América Latina como um todo.
Temos clientes iniciando operações no Peru e Chile, por exemplo, e neste último, há quem brinque dizendo que o país está como o Brasil há três anos. É um mercado pré-regulado, onde a população está amadurecendo, como já aconteceu no Brasil. Mas, por outro lado também, eu tenho muito operador brasileiro que já tinha licença de de Malta, por exemplo, e aí ele foi para a licença federal e agora tem interesse de abrir o Chile para poder entender o mercado, aproveitar a facilidade cultural tanto no Chile como no México. Temos clientes que estão nesse caminho, deixando de lado a regulamentação federal e hoje são top 3, top 5 e top 10 no Chile.
A InPlaySoft não está aderente apenas à regulamentação do Brasil, como também nesses novos mercados que vêm se desenvolvendo?
Exatamente. Na verdade, a solução por si só foi muito pensada no Brasil. Quando a empresa se sentou para decidir onde iria apresentar a plataforma, a decisão foi pelo país e isso inclusive culminou na minha contratação. A solução em si é de origem inglesa, mas todo o processo de tropicalização aconteceu com minha chegada. A InPlaySoft levou uma experiência muito grande do mercado asiático e europeu para a América Latina como um todo, aproveitando o momento em que o Brasil é o destaque no mundo. Sabemos que é o melhor mercado e a ferramenta foi muito tropicalizada para o país, mas não temos limitações quanto a isso. Ela está 100% pronta para qualquer idioma, local, meio de pagamento etc.
Então, sim, a gente consegue lançar em qualquer mercado que a pessoa queira, com a mesma qualidade de código, o mesmo know-how e com o conhecimento de experiências internacionais que já existem na empresa há mais tempo. Mas o Brasil ainda é o “xodozinho”. Querendo ou não, é o mercado extremamente emergente hoje.

Quais são os planos da InPlaySoft para o Brasil e toda a América Latina até o final de 2025 para alçar voos ainda mais altos no começo de 2026?
Já passamos por um tempo de construção de tecnologia muito forte e não perdemos essa veia. Nossa solução extremamente funcional já está em 15 ou 16 marcas em um intervalo de tempo muito curto, então os planos são colher o fruto do que plantamos.
Nossa meta é continuar entregando uma tecnologia de alto nível e temos um product roadmap superinteressante, com muitas novidades prontas para serem apresentadas ao mercado. Adianto que são novas no mundo todo e que estarão à disposição no Brasil. Entre elas, uma solução chamada Switch and Play, em que o usuário vai ter uma experiência de Instagram, só que com jogos. Ele consegue ir passando diferentes jogos e voltar a hora que quiser e jogar mais de um jogo, digamos, ao mesmo tempo. É uma experiência extremamente customizada para o usuário. Posso dizer que nossos planos são relevantes no Brasil, mirando o top 1 no país. A ideia é sermos a tecnologia mais relevante no Brasil.
E com todos os principais provedores globais de jogos já agregados à plataforma da InPlaySoft? Exatamente, a gente segue aquela filosofia. Primeiro, trazer um ambiente de integração direta, ou seja, as minhas integrações são todas via API. Isso traz inúmeras vantagens para o dono do cassino. E uma das maiores vantagens que a gente tem é de abrir esse relacionamento. Eu vou pegar o meu operador, colocar na mesa junto com o provedor de cassino e eles conseguem criar a campanha que quiserem. O provedor de pagamento também precisa desse relacionamento. Além de entregar uma tecnologia de alto nível, conseguimos oferecer ao parceiro liberdade de negociação.
Fonte: Exclusivo GMB