VIE 5 DE DICIEMBRE DE 2025 - 05:01hs.
Ivo Doroteia, CEO & founder

“Solução inovadora da Lotus iGaming no Brasil nos habilita a entrar em novos mercados regulados”

A Lotus iGaming reforçou sua presença diante do mercado global de jogos como patrocinadora do SBC Leaders e buscando novos parceiros no Summit de Lisboa. Ivo Doroteia, CEO, destacou a capacidade inovadora da empresa e que continuará tendo como foco principal o Brasil. Sua plataforma já está em outros países da LatAm, incluindo El Salvador, onde atua com um operador com cripto regulada, e entrando na África.

 

Games Magazine Brasil – A Lotus iGaming patrocinou o SBC Leaders. Quais foram os objetivos de também estarem na feira em Lisboa?
Ivo Doroteia –
Nós patrocinamos o Leaders, um evento muito importante para nós, porque ocorre sempre um dia antes do verdadeiro show, a grande SBC. Assim, a marca apresentou-se muito bem. É o segundo ano que estamos nos posicionando como um dos principais fornecedores e patrocinadores da indústria. Isso é muito interessante para nós.

Como tem sido a busca na feira por novos parceiros para a plataforma da Lotus?
Muito interessante. Acho que o mercado do Brasil tem sofrido sérias alterações e nós temos observado isso nos últimos meses. É um mercado novo, já que em janeiro fez um reset. Existe muita procura neste momento. Estão buscando plataformas como a nossa, que está no mercado com operadores regulados. Isso dá-lhes a confiança de que podem entrar num mercado extremamente competitivo como o do Brasil, mas com algumas garantias de sucesso. Tivemos reuniões muito interessantes e conversas enriquecedoras com os operadores.

Como tem sido oferecer uma plataforma com diferenciais? Porque provedores de plataforma há vários no mercado.
O mais interessante é que a nossa equipe traz muito conhecimento de mercado e de produto. Isso, aliado à inovação que temos in-house, principalmente em nosso escritório de São Paulo que está apostado na inovação, tem sido um diferencial muito interessante — não só no desenvolvimento de novos produtos, mas na melhoria de produtos já existentes. Nossa equipe está neste momento trabalhando numa gamificação que entregamos no SBC. 

Mostramos no SBC esse show case e o produto acaba por uma excelente ferramenta. É um mix com outras ferramentas que estão no mercado e que são muito boas. A inovação dos nossos escritórios no Brasil está muito à frente.

 



Inovação é uma palavra de ordem no setor de iGaming. Como estar sempre atualizado e up to date?
Falando com pessoas como você, com os nossos clientes e tentando entender a tendência do mercado para aprender um pouquinho. Com todos, aprendemos um pouco. Nossa estratégia tem sido: o que nós conseguimos incorporar deste aprendizado o fazemos visitando uma SiGMA, uma SBC.  É isso. Acho que nós tentamos ao máximo incorporar no roadmap de desenvolvimento aquilo que são as dores dos operadores e as potencialidades que eles veem ao trabalhar com uma plataforma como a nossa.

Você citou há pouco a regulamentação que começou no Brasil em janeiro. Como você vê o mercado regulado brasileiro passados esses oio meses do início?
Vejo de uma forma muito otimista. Acho que tem sido um aprendizado importante e inovador em alguns dos pontos que normalmente são pain points, como costumamos falar aqui na Europa. O operador brasileiro tem reagido de uma forma muito positiva. Nós, como uma empresa de tecnologia, tentamos sempre estar um passo à frente. Começamos o desenvolvimento de ferramentas de certificação KYC, trabalhando com parceiros — como é lógico — em 2023, início de 24.

Portanto, para nós foi estar preparados para aquilo que está acontecendo agora. Sei que vêm dificuldades, e o nosso trabalho ativo tem sido, principalmente através das nossas equipes de account managers, compliance, risk e fraud, tentar sensibilizar os nossos operadores para situações que podem ocorrer no futuro. Há um processo de aprendizado e transmissão e partilha de conhecimento que tem sido fulcral para o sucesso dos operadores que estão conosco.

E com os novos países que estão se regulamentando na América Latina — temos o exemplo do Peru que está andando a passos largos, temos o Chile — como está o trabalho de vocês para esses outros mercados que não o Brasil?
Já falava a minha avó: “Você não pode ter os ovos todos na mesma cesta”. Começamos esse trabalho e hoje alegra muito poder dizer que temos operadores já trabalhando nesses mercados. Temos operador também — lançamos há cerca de duas, três semanas — em El Salvador. É um mercado que não é o primeiro que vem à cabeça das pessoas.  Normalmente fala-se do México, Peru..., mas El Salvador tem sido extremamente interessante porque deu-nos o desafio da cripto regulada. É um país em que você tem o fiat, portanto, que nós já trabalhamos normalmente em todos os mercados, mas tem a cripto regulada. Isso deu uns desafios adicionais à equipe e foi extremamente interessante. Hoje podemos dizer: estamos presentes em mais um mercado. Estamos bem representados e com as tecnologias e soluções para ajudar os nossos provedores a crescer.

 



Foi um desafio apresentar uma plataforma com uma nova moeda que não a convencional?
Nós já tínhamos as integrações de crypto e estávamos aguardando pelo cliente perfeito que, graças a Deus, chegou. Chegou com esta licença e com esta parte regulada e, portanto, agora, de fato, podemos explorar aquilo que eu acho que será uma grande tendência do mercado nos próximos anos. Já é hoje, mas vamos assistir — principalmente pela movimentação que tem acontecido nos Estados Unidos nos últimos anos — que o sistema está absorvendo a cripto como moedas que são parte do sistema. Acredito que vamos ter mais mercados a replicar o que El Salvador fez. Estamos à frente dos demais e isso alegra-me muito, porque acho que estamos dando condições para ter novas inovações e ter novos mercados para nós.

Quais são os planos de curto e médio prazo da Lotus para o mercado latino-americano, e especificamente o Brasil?
O Brasil para nós sempre será a prioridade. Foi onde nós nascemos, tivemos e temos marcas muito grandes e alegra muito poder trabalhar neste mercado, que conhecemos muito bem. Ele tem uma dimensão continental, o que já em si é um desafio muito complicado e continuará sendo o nosso foco. Acho que os operadores — tanto locais, como da região e mesmo da Europa e Estados Unidos — podem vir ter conosco como especialistas e com boots on the ground. Mas a expansão é inevitável. Neste momento, temos os mercados na LatAm, mas também estamos na África, com três projetos ongoing. São mercados confortantes para nós, por serem emergentes, e é onde está o futuro.

Fonte: Exclusivo GMB