
Games Magazine Brasil - Quais são os produtos diferenciais da PagSmile em relação à concorrência no Brasil?
Marlon Tseng - A maioria já conhece a PagSmile. Atendemos essa indústria desde 2016, sendo uma das primeiras empresas de pagamentos voltadas para esse segmento. Ao longo dos anos, aperfeiçoamos nossos serviços para atender melhor às necessidades e ao comportamento dos usuários finais.
As novidades que estamos apresentando aqui são diversas. Hoje, temos nossa própria instituição financeira, o que permite a abertura de contas para os operadores. Além disso, oferecemos um sistema de orquestramento bancário que possibilita aos operadores manterem contas em diferentes instituições por meio da nossa plataforma.
Isso é fundamental porque, se um operador depende de apenas um banco e ele enfrenta alguma instabilidade, isso pode afetar significativamente a performance e as transações. Sabemos que os usuários dessa indústria compram por impulso, então qualquer instabilidade pode resultar na perda da venda. Nosso foco é justamente garantir eficiência transacional, alta taxa de aprovação e estabilidade nas transações.
Como foi a adaptação da PagSmile às novas regulamentações no Brasil?
Como mencionei antes, já vínhamos nos adaptando ao longo dos anos às normativas do Banco Central. Assim, a adequação à regulamentação das bets reguladas aconteceu de forma natural. Nosso processo sempre esteve alinhado com políticas de prevenção à lavagem de dinheiro e boas práticas do setor.
Por exemplo, já implementávamos a validação do CPF do usuário pagador e a verificação de que os pagamentos eram feitos para contas vinculadas ao mesmo CPF. Como já seguíamos essas boas práticas, a transição para o mercado regulado foi muito tranquila para nós.
O principal diferencial da PagSmile como gateway de pagamento é a versatilidade e a possibilidade de integração com múltiplos bancos?
Exatamente! Além de termos nossa própria instituição financeira, conseguimos oferecer contas em outras instituições dentro do nosso ecossistema. Já temos parcerias com diversos bancos no Brasil e realizamos todas as integrações necessárias, o que facilita muito para os operadores.
Se um operador tivesse que integrar individualmente com cada banco, isso demandaria um esforço enorme em conciliação e entendimento das dinâmicas bancárias. Nossa solução centraliza tudo isso. Oferecemos desde a abertura de contas até um sistema de roteamento automático para garantir estabilidade e alta taxa de conversão nas transações.
Quais são os maiores desafios para os processadores de pagamento no Brasil atualmente?
O mercado é extremamente competitivo, e um dos grandes desafios é a redução drástica na precificação dos serviços. Muitas vezes, operadores não percebem todo o valor agregado e acabam escolhendo serviços apenas pelo preço.
Nosso desafio é demonstrar o diferencial que agregamos: alta taxa de aprovação, estabilidade, segurança nas transações e boas práticas de compliance. Trabalhamos com grandes players do mercado há anos e sabemos a importância de garantir uma operação segura e eficiente.
Com o Pix revolucionando o mercado de pagamentos, você acha que ainda há espaço para mais inovações?
Com certeza! O Banco Central tem uma agenda extensa para o Pix. Uma das novidades previstas é o Pix recorrente, que permitirá que operadoras criem programas de compras recorrentes, semelhantes a assinaturas.
Estamos sempre atentos a essas inovações para trazer o que há de mais avançado para nossos clientes assim que essas soluções forem implementadas.
Quais são as maiores oportunidades no mercado regulado do Brasil para a companhia?
O mercado regulado traz definição de regras claras, eliminando a competição desleal. No passado, sem regulação, havia operadores que não seguiam boas práticas, resultando em fraudes e falta de segurança para os usuários. Isso gerou uma percepção negativa da indústria.
Agora, com a regulamentação, podemos trazer mais credibilidade ao setor, garantindo uma operação limpa e segura. Também vemos um impacto positivo na economia, com geração de empregos e desenvolvimento de profissionais para atuar nesse mercado.
Como você enxerga o futuro do iGaming e das apostas esportivas no Brasil?
Com a regulamentação e a fiscalização séria do governo, vejo um grande potencial de crescimento. Há projetos para expansão, incluindo a possibilidade de jogos físicos, o que pode impulsionar ainda mais o setor.
O Brasil tem um enorme potencial turístico, e a criação de resorts com cassinos, por exemplo, poderia atrair investimentos significativos. Modelos como os de Macau e Las Vegas, com o Cirque du Soleil etc mostram como esse tipo de infraestrutura pode gerar empregos e fomentar a economia.
Se esse cenário se concretizar, o Brasil pode se tornar um grande polo do setor, trazendo benefícios para diversas áreas da economia.
Fonte: Exclusivo GMB