No artigo de opinião n’O Globo, o urbanista Washington Fajardo, que é um estudioso do Rio de Janeiro, destaca a importância da legalização do jogo do bicho no embate contra as milícias.
“Nossa hipocrisia com os bicheiros e seus clãs, e com o próprio jogo do bicho, por exemplo. Como pode o jogo de azar mais antigo e popular ser ilegal? Fosse convertido em oficial, assim como a Mega-Sena e tantas outras loterias, poderia financiar o carnaval no Rio. Um jogo do fim do século XIX que faz parte do nosso imaginário, das conversas entre diferentes classes, mas que mantemos até hoje como contravenção. A quem interessa isso?”, reflete Fajardo.
Recentemente, o cantor Zeca Pagodinho afirmou que a atividade é uma de suas favoritas e já, inclusive, faturou um bom dinheiro. "Outro dia coloquei R$ 100 e ganhei R$ 1,8 mil”, revelou em entrevista para a Veja Rio. Após a revelação, ele foi questionado sobre o que achava da legalização do jogo do bicho. O cantor se limitou a responder: "É ilegal?"
A afirmação do artista chegou a ser um dos assuntos mais comentados do Twitter. "Zeca Pagodinhho é o maior brasileiro vivo", disse um. "Esse homem merece ser canonizado", falou outro.
Washington Fajardo foi Assessor Especial para assuntos urbanos na prefeitura de Eduardo Paes, é ex-presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), conselheiro no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU-RJ), criador do escritório Desenho Brasileiro, um estudioso da cidade, entre outros cargos.
Fonte: GMB / O Globo