Segundo Bruno Castello Branco em seu artigo no Globo, a legalização dos jogos de azar trará impacto positivo sobre o turismo brasileiro pegando como exemplo o que acontece em Las Vegas, referência mundial de cassinos e jogos de fortuna.
"Os impactos na indústria do turismo, em particular nos hotéis, seriam enormes. Las Vegas, no meio do deserto, recebe por ano 43 milhões de visitantes. O Brasil inteiro, 6 milhões”.
O especialista em regulação de cassinos afirma também que com os jogos legalizados instalações construídas para Copa e Olimpíada que hoje estão se acabando podem ter um recomeço e já existe gente de olho para investir.
"Estádios têm condições de abrigar bingos, e o Parque Olímpico pode ser um cassino resort. Aliás, diga-se de passagem, há até um burburinho de que os irmãos Fertitta, que acabaram de vender o UFC e são donos de cassinos nos Estados Unidos, teriam interesse em investir bilhões nisso”.
Castello Branco cobrou dos deputados e senadores mais interesse em analisar e aprovar os dois projetos em tramitação no Congresso Nacional criticando a prioridade dada a assuntos como o ajuste nas contas públicas.
"O Congresso Nacional, ao invés de concentrar esforços simplesmente no necessário ajuste dos gastos públicos, muitas vezes sacrificando direitos adquiridos como a previdência social de milhares de trabalhadores, também deveria tratar com a devida atenção daquilo que pode estimular o crescimento da economia brasileira e aumentar significativamente a arrecadação tributária no país”.
Para exemplificar o efeito imediato que a aprovação da lei pode trazer ao país, o advogado cita a história da aprovação dos cassinos no Japão. Segundo ele, mesmo sem toda regulamentação definida em lei, a simples legalização dos cassinos já trouxe aos japoneses a certeza do investimento internacional que poder á ajudar o país na organização dos jogos olímpicos de Tókio em 2020.
Bruno Castello Branco encerra seu artigo lembrando que o Brasil é um dos últimos países do mundo sem jogos de azar legalizados e deixa uma pergunta peculiar.
"No G20, somente Brasil, Indonésia e Arábia Saudita ainda não regulamentaram o jogo. Os dois últimos, pelo islamismo. O Brasil, por quê? ”
Fonte: GMB / O Globo