LUN 20 DE MAYO DE 2024 - 18:28hs.
Assume no dia 1º de janeiro de 2019

Jair Bolsonaro é eleito presidente do Brasil no segundo turno com 55% dos votos

O candidato do PSL derrotou o petista Fernando Haddad no segundo turno, com 55% dos votos, e foi eleito o 38º presidente do Brasil. Capitão reformado do Exército e deputado federal desde 1991, Bolsonaro foi eleito com promessas de reformas liberais na economia e um discurso conservador, contrário à corrupção, ao PT e ao próprio sistema político. A cerimônia de posse do presidente da República eleito e seu vice acontecerá em 1º de janeiro de 2019.

A vitória foi confirmada às 19h18, quando, com 94,44% das urnas apuradas, Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%). Com 100% das seções apuradas, Bolsonaro recebeu 57.797.073 votos (55,13%) e Haddad, 47.039.291 (44,87%).

"Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade. Isso é uma promessa, não de um partido, não é a palavra vã de um homem, é um juramento a Deus", afirmou Bolsonaro no discurso em que assumiu o compromisso de fazer um “governo decente”, formado por pessoas com o propósito de transformar o Brasil em uma “nação grande, próspera e livre".

Bolsonaro declarou que a “liberdade é um princípio fundamental” e citou como exemplos a liberdade de ir e vir, político e religiosa, de informar e de ter opinião e de fazer escolhas. “Como defensor da liberdade, vou guiar um governo que defenda e proteja os direitos do cidadão que cumpre seus deveres e respeita a leis. Elas são para todos porque assim será o nosso governo: constitucional e democrático”, declarou o presidente eleito

Bolsonaro é paulista, militar da reserva e está em seu sétimo mandato na Câmara dos Deputados pelo Rio de Janeiro. Surgiu como figura pública no fim dos anos 1980, protestando contra os baixos soldos pagos à corporação.

Foi eleito vereador do Rio de Janeiro em 1988. No fim de 1990, elegeu-se pela primeira vez deputado federal. Desde então, permaneceu na Câmara por mais outras seis legislaturas: de 1995 a 2018. Na eleição mais recente, em 2014, foi o candidato mais votado do Rio, com mais de 464 mil votos.

Sua campanha baseou-se na bandeira da segurança pública, do nacionalismo e do fim da corrupção. Também defendeu a família tradicional e os valores conservadores. Comprometeu-se a implementar uma política econômica de cunho liberal.

Há um mês do primeiro turno, Bolsonaro levou uma facada no abdomem enquanto fazia campanha em Juiz de Fora (MG). Foi submetido a duas cirurgias e ficou o restante do mês em recuperação. Recebeu alta no dia 29 de setembro.

Mesmo fora do hospital, o capitão permaneceu em repouso e participou de poucos eventos fora de casa. Com a justificativa de não colocar em risco sua recuperação, optou por não participar de nenhum debate durante o segundo turno. Seu principal contato com os eleitores foi por meio das redes sociais.

Para a campanha de 2018, declarou um patrimônio pessoal de R$ 2,2 milhões. Seu vice é o general da reserva do Exército brasileiro, Antônio Hamilton Martins Mourão.

Haddad

Com 45 milhões de votos, Fernando Haddad sai derrotado da campanha. Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), com mestrado em Economia e doutorado em Filosofia, Haddad é professor universitário e foi ministro da Educação durante o governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Também foi prefeito de São Paulo de 2013 a 2016, ano em que tentou a reeleição.

Ele assumiu a candidatura em 11 de setembro, em substituição ao ex-presidente Lula, que foi lançado pelo PT apesar de estar preso sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e barrado pela Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135, de 2010). O patrimônio pessoal declarado do candidato foi R$ 430 mil e sua vice foi a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila (PCdoB).

Posse

A cerimônia de posse do presidente da República eleito e seu vice acontecerá em 1º de janeiro de 2019. A posse se dá por meio de sessão solene no Congresso Nacional, conduzida pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira. Na sequência, o eleito segue para o Palácio do Planalto, onde Michel Temer passará a ele a faixa presidencial.

Fonte: GMB / Agência Senado