Trengrouse foi parte do painel oferecido pela IAGA (International Association of Gaming Advisors) junto a Martin Kent (Presidente e COO de The United Company), Richard Schwartz (Presidente e co-founder de Rush Street Interactive). A moderação esteve a cargo da Martha Sabot (Advogada da Greenburg Tauring, LLP).
Sobre sua palestra no G2E, Trengrouse explicou: “Todo brasileiro já ouviu dizer que o Brasil é o país do futuro. Agora cabe a mim dizer isso aqui em Las Vegas, na maior feira de jogo do mundo. O Brasil tem condições para ser um dos maiores mercados. Há demanda, infraestrutura e cada vez mais vontade política”.
“Sinto que uma das peças que falta para que se consiga finalmente regulamentar o jogo no país é justamente um canal institucional de interlocução séria, consistente e permanente da indústria com autoridades públicas e diversos outros setores da sociedade”, agregou o professor da FGV.

Embora a Ásia continue recebendo a maior parte da atenção sobre as oportunidades de expansão de jogos por causa do que está acontecendo no Japão, Vietnã e Camboja, várias áreas da América do Norte e América Latina também estão avançando para oferecer uma variedade de produtos e serviços de jogos regulamentados.
Apresentando indivíduos com conhecimento sobre as áreas que atualmente consideram legalizar ofertas de jogos, esta sessão deu uma olhada animada em tudo, desde os EUA poderem ser os próximos a abrir cassinos tradicionais, se as loterias forem bem-sucedidas em oferecer apostas esportivas regulamentadas e muito mais.
“As experiências internacionais precisam servir de referência para que o Brasil consiga superar o preconceito e avançar concretamente para regulação do seu mercado. Ao invés de confundir o país com abordagens individuais e egoístas, os interessados deveriam se organizar coletivamente para construção de um ambiente concorrencial saudável”, agregou o advogado.
Chave da educação no Brasil
No G2E, Trengrouse descreveu seu país como uma terra de oportunidades, mas também de confusão.
O Brasil é de longe o maior mercado da América do Sul e um dos 20 países mais ricos do mundo, mas é um dos três, entre os mais ricos - junto com a Arábia Saudita e a Indonésia - que não oferece jogos legais, disse ele.
Ele notou que o Presidente Jair Bolsonaro disse que a regulamentação dos jogos devem ser deixados para os estados individuais do país.
No entanto, Trengrouse disse que o Brasil precisa ser "esclarecido" sobre como os jogos podem ajudar o país, especialmente quando se trata de turismo.
"Estamos falando de um oceano azul por um lado, e de uma bagunça por outro lado", disse ele.
Obter jogos de cassino no Brasil exigirá muita educação, acrescentou Trengrouse. No entanto, não se trata apenas de educar os legisladores. Trata-se de informar a mídia, os líderes da universidade e outras audiências para eliminar qualquer estereótipo e equívoco sobre a indústria.
Fonte: Games Magazine Brasil