JUE 25 DE ABRIL DE 2024 - 19:04hs.
Sondagem foi feita a pedido do IJL

Pesquisa mostra tendência favoravél da Câmara dos Deputados para legalizar os jogos de azar

A Câmara Federal está disposta a aprovar a legalização dos jogos de azar – bingos, cassinos, jogo do bicho, apostas online e afins. É o que revela sondagem inédita da Paraná Pesquisas com 238 dos 513 deputados – 46,39% dos mandatários da Casa. Do total de entrevistados, 52,1% são a favor, 40,8% são contra e os indecisos somam 7,1%. Um projeto de lei sobre o assunto precisa de maioria simples, ou 257 votos, para passar. O resultado anima os defensores da legalização e vai estimular o Governo a investir no tema.

A legalização pode render R$ 20 bilhões/ano em impostos – além de R$ 6,7 bilhões imediatos com as outorgas e gerar 200 mil empregos diretos, cita Magnho José, presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL). A sondagem foi feita por telefone e presencialmente, de 27 a 31 de maio, a pedido do próprio IJL.

A maioria dos deputados (40,1%) indica que os cassinos e bingos devem ser abertos em cidades turísticas; ou em cidades de baixo IDH (21,6%). Os contra justificam possível lavagem de dinheiro (20,6%), aumento do vício (17,2%), Religião (10,1%), fiscalização deficitária (9,7%), e ausência de controle (9,2%).

 

 

Segundo a pesquisa, perdeu força a proposta bancada pelo bilionário Sheldon Adelson, dono de cassinos nos EUA e que passou em lobby por Brasília. Apenas 7,2% aprovam cassinos integrados a resorts – incentivado em um projeto pelo americano.

A eventual aprovação da legalização vai obrigar o Governo a criar uma agência regulatória e fiscalizadora para o setor, a exemplo de outros países. Essa agência já tem um esboço no Palácio do Planalto.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Casa, Rodrigo Maia, ambos apoiadores da proposta, vão receber a pesquisa hoje. Uma cópia vai para o ministro Paulo Guedes, que sonha em arrecadar mais para a União.

Dois projetos em tramitação que liberam todos os jogos interessam ao setor e ao Governo. A aprovação do substitutivo ao PL 442/91 na Câmara, ou o avanço do PL 186/14 no Senado.

Fonte: Coluna Esplanada