JUE 28 DE MARZO DE 2024 - 16:03hs.
Johnny Ortiz, fundador da Zitro

“Acho que a lei deveria ser aberta a todos para evitar que se gere jogo ilegal”

Líder de uma das maiores empresas de jogos do mundo, Johnny Ortiz, fundador da Zitro, esteve no Brasil esta semana marcando presença no seminário sobre apostas esportivas promovido pela Federação Paulista de Futebol. Em conversa com o GMB, o empresário, que começou história no País, falou sobre a sensação de ver o Brasil evoluindo no processo de legalização da indústria, os projetos de sua empresa para atuar com apostas esportivas e as expectativas para a regulamentação das demais modalidades de jogos. 

GMB - Para um importante empresário, que começou sua trajetória no Brasil quando os bingos eram legais, qual a sensação de ver o País caminhando para a legalização dos jogos, mesmo que começando com as apostas esportivas?
Johnny Ortiz  - Não posso deixar de dizer que é um primeiro passo, importante para que as pessoas saibam que o jogo é legal e se o jogo é legal faz bem a sociedade porque todos vão sair ganhando. Então, foi uma iniciativa fantástica da Federação Paulista de Futebol porque mostra a seriedade que se dá ao produto.

E como avalia a participação de membros do governo em um encontro como este? O que isto representa para o mercado de jogos?
Temos que dizer que o próprio Governo, através do secretário Alexandre, o subsecretário Waldir, deixou bem claro que está vendo a questão com bons olhos e quais as vantagens que pode ter para a sociedade, tanto para as entidades esportivas, como para o bem comum. Tem uma coisa que estão dizendo, e que é verdade, ‘se o jogo não é legal, é ilegal’; não podemos esquecer que o jogo ilegal no Brasil movimenta bilhões de dólares e não entra nenhum imposto ou vantagens para a sociedade brasileira.

A Zitro, sua empresa, tem projetos para atuar com apostas esportivas no Brasil quando a regulamentação da atividade estiver pronta?
Nós sempre temos projetos. Temos que ver como vai sair a legislação, se é uma boa regulamentação, e parece que será. Com certeza nós estaremos de olho para poder entrar de alguma maneira aqui quando o jogo  estiver legalizado. E como o secretário Alexandre disse, com um compliance importante e forte para as empresas mostrando a seriedade que se dá a esse seguimento.

A joia da coroa da Zitro são as máquinas para bingos e cassinos. Qual a sua expectativa para o processo de legalização dessas duas atividades no Brasil?
A joia não é só para a Zitro é para toda a sociedade. E tem grandes empresas também interessadas porque hoje o Brasil, junto com Cuba, é um dos pouco países que não tem o jogo legalizado. Então, com a iniciativa das apostas esportivas, espero que se abram os olhos não só do mercado, mas, do Congresso em geral para ver a grande vantagem que vamos ter aqui. Seja para cassinos, para bingos, para maquinas, o que for.

Acredita que exista algum risco quando se legaliza apenas as apostas esportivas, como o Brasil está fazendo?
Eu acho que essa lei deveria ser aberta a todos, porque a partir do momento que se exclui algo, gera o jogo ilegal, como aconteceu nos Estados Unidos com a lei seca. Porque vai existir esse mercado. Então o importante é que se abram todos os setores dessa industria, mas, principalmente, que exista um controle severo para esse seguimento.

Fonte: Exclusivo Games Magazine Brasil