De acordo com o relatório, Coronel se posiciona a favor da legalização em resorts e visa utilizar os recursos arrecadados com os jogos e cassinos para bancar o programa assistencial do governo federal. O baiano também vê a liberação da jogatina como possível solução para problemas econômicos causados pela pandemia da COVID-19.
“É um engano fechar os olhos para a realidade e não reconhecer que bingos e mesmo o jogo do bicho fazem parte do cotidiano dos brasileiros. A timidez, receio ou, me atrevo a dizer, falsa moralidade que rechaça a legalização dos jogos, faz com que o país perca por ano montante considerável de tributos que poderiam estar sendo usados a bem do cidadão brasileiro", diz um trecho do documento.
Por fim, Coronel se posiciona afirmando que essa "cegueira legislativa" em relação aos jogos e cassinos acabam financiando práticas ilícitas no país. De acordo com o parlamentar, caso sejam bem geridos e fiscalizados, a jogatina poderia aumentar a arrecadação fiscal do país.
“Essa cegueira legislativa tem um efeito ainda mais devastador: faz com que o dinheiro dos jogos de fortuna no Brasil seja usado, em geral, para financiar o crime organizado", finaliza.
Desde o ano passado, Jair Bolsonaro vem sendo pressionado por líderes do Centrão e pelo próprio filho Flávio a mudar de opinião sobre a legalização dos jogos de azar. A bancada evangélica e a ministra Damares Alves são veementemente contra os jogos.
No fim de 2019, Bolsonaro recebeu para um almoço um grupo de parlamentares — liderado pelos deputados Elmar Nascimento (DEM) e Paulinho da Força (Solidariedade) — que defende a legalização dos jogos de azar e já estava se movimentando para colocar a matéria em votação em 2020.
Menos de um mês depois, o presidente foi informado da viagem do filho Flávio a Las Vegas, justamente para tratar do assunto. Em maio deste ano, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, admitiu pela primeira vez o plano do governo Bolsonaro de instalar cassinos no Brasil.
Fonte: GMB