MIÉ 1 DE MAYO DE 2024 - 18:36hs.
Na Comissão da Reforma Tributária

Paulo Guedes: legalização dos jogos “é uma proposta ousada e bastante interessante”

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a legalização dos jogos, proposta pelo senador Ângelo Coronel (PSD-BA) durante a reunião virtual da Comissão da Reforma Tributária é “bastante ousada do ponto de vista econômico, bastante interessante”. No encontro, Coronel defendeu a legalização dos jogos que, segundo ele, permitirão “mais de R$ 20 bilhões e 700 mil empregos diretos que vão oxigenar a economia”.

Segundo Ângelo Coronel, “acho que temos de aproveitar o embalo deste Congresso reformista do qual faço parte, para aprovar e legalizar os jogos. São mais de R$ 20 bilhões para oxigenar a economia”, defendeu. Ao reforçar o pedido pela legalização, disse ao ministro Paulo Guedes: “vamos trabalhar na legalização dos jogos e combater o descaminho. O senhor será, com sua equipe, coroado em praça pública”.

Ao responder à defesa do senador, o ministro Paulo Guedes afirmou que se trata de uma visão interessante. “O senador Ângelo Coronel pede uma reforma mais ousada, falou de legalizarmos o jogo. É uma visão bastante ousada do ponto de vista econômico, bastante interessante”, sem, no entanto, admitir levar a proposta adiante.

"Se nós congressistas (Senado e Camara) aprovarmos a legalização de todas as modalidades de jogos vamos ter um potencial de arrecadar R$ 60 bilhões bruto ou cerca de R$ 20 bilhões em impostos por ano. Somente em outorgas o governo poderá arrecadar por volta de R$ 10 bilhões", assegurou o Senador.

Para Coronel, seriam gerados mais de 700 mil empregos diretos, através da formalização aproximada de 500 mil do jogo do bicho e mais 200 mil novos postos de trabalho nas outras modalidades de jogos. (Ainda existe a estimativa de gerar mais 600 mil empregos indiretos com a cadeia produtiva do jogo).

Segundo ele ressaltou que o Brasil é um dos três únicos países do G20 a não legalizar os jogos de azar em seu território, junto com Indonésia e Arábia Saudita, que não o fizeram por motivos religiosos. Na OCDE, 97% dos países regulamentaram os jogos, no G-8, todos os países legalizaram jogos, na ONU foram 75,5% dos países e no Mercosul apenas o Brasil não regulamentou os jogos de azar.

Em sua fala, o senador baiano Ângelo Coronel (PSD) defendeu para Guedes o combate ao contrabando e a legalização do jogo como fontes de novos recursos e um auxílio à desoneração do setor produtivo. "Ele até me elogiou, disse que era uma proposta ousada. Vou mandar tudo para ele, é a solução para o Brasil", disse o senador.

Fonte: GMB