VIE 19 DE ABRIL DE 2024 - 01:25hs.
Como em Maroñas e Palermo

Jockey Clubes do Brasil se reúnem com GT dos Jogos da Câmara em apoio à regulamentação

Em reunião na sexta-feira, 15, dirigentes do turfe brasileiro estiverem reunidos com integrantes do GT dos Jogos da Câmara dos Deputados em apoio à aprovação do marco regulatório para o setor e a necessidade de a atividade ser contemplada na regulamentação dos jogos. Em conversa com o GMB, o presidente do GT, Deputado Bacelar, afirmou que “os jockeys não conseguem sobreviver somente com apostas nos páreos. Com a legalização dos jogos, podemos fazer o mesmo que fizeram Maroñas e Palermo. Os hipódromos brasileiros seriam bons locais para bingos e máquinas”, defendeu Bacelar ao GMB.

Jockey Clubes do Brasil se reúnem com GT dos Jogos da Câmara em apoio à regulamentação

Foto: Assessoria de Imprensa Dep. Bacelar

Foto: Assessoria de Imprensa Dep. Bacelar

Em encontro que aconteceu no Jockey Club Brasileiro, dirigentes do turfe nacional estiveram reunidos com membros do GT da Câmara dos Deputados criado para discutir e atualizar o marco regulatório dos jogos no Brasil, entre eles os deputados Bacelar (Pode-BA), presidente do GT, Felipe Carreiras (PSB-PE), relator, e Otávio Leite (PDSB-RJ), membro. O encontro foi organizado pelo presidente do JCB, Raul Lima Neto e contou com a participação dos presidentes dos Jockeys Clubes do Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, além de diretores dos hipódromos de São Paulo, Ceará e Goiás, dirigentes de associações de criadores, o secretário da Comissão de Direito dos Jogos da OAB, Daniel Homem de Carvalho e o presidente do Instituto Jogo Legal, Magno José.

Em conversa com o GMB, o Deputado Bacelar comentou que na reunião, o presidente do JCB, Raul Lima Neto, apontou a grande dificuldade financeira dos 16 principais jockey clubes do Brasil. “Atualmente, os jockeys não conseguem sobreviver somente com as apostas nos páreos. Há a necessidade de eles serem contemplados no processo de legalização dos jogos. Na reunião foram citadas as situações dos hipódromos de Maroñas, no Uruguai, e Palermo, na Argentina, que também passavam por situação parecida com os jockey clubes brasileiros. Com a permissão que se tornassem centros de entretenimento, se recuperaram e hoje são potencias na América Latina. Através da legalização dos jogos, podemos fazer o mesmo. Se o Brasil tiver de fazer experimentos, os hipódromos seriam bons locais e mais do que tudo, precisamos permitir no marco regulatório dos jogos, que eles possam explorar tanto bingos quanto máquinas eletrônicas”, defendeu Bacelar ao GMB.

O Deputado Federal Bacelar, destacou a importância do apoio dos dirigentes do turfe brasileiro ao GT e à regulamentação dos jogos no Brasil, salientando que “eles fazem parte deste processo e o apoio do setor à aprovação de um marco regulatório é mais do que natural, já que serão beneficiados diante da possibilidade de instalação de salas de bingo nas dependências dos hipódromos, assim como de máquinas de videobingo”.

Ele afirmou que sugeriu ao Deputado Felipe Carreras que sejam mantidas as premissas já aprovadas no substitutivo ao PL 442/91 “de permitir a instalação de bingos, videobingos e slots nos hipódromos, além de corridas virtuais”, disse Bacelar.

No encontro, o Presidente do JCB, Raul Lima Neto, traçou o mesmo quadro sobre a atual e difícil situação financeira dos hipódromos do país e que sem novas alternativas para serem agregadas às apostas nos páreos será difícil a sobrevivência da atividade. “Temos buscado alternativas e implementado mudanças no Jockey Club Brasileiro, mas são meros paliativos. Precisamos da regulamentação dos jogos e sermos incluídos no processo para transformar nossas instalações em centros de entretenimento, como ocorreu com os hipódromos de Maroñas e de Palermo, que operam milhares de máquinas e renasceram com a mudança da lei em seus países”.

Para Lima Neto, “há um cenário bastante favorável à aprovação dos jogos no Brasil e precisamos fazer parte deste processo para a recuperação do turfe no país. Com a mudança na lei, o Hipódromo de Maroñas, depois de seis anos inativo, renasceu diante da permissão para operação de máquinas. O tradicional Hipódromo de Palermo, na Argentina, ganhou notoriedade mundial ao ser contemplado com a possibilidade de operar mais de cinco mil máquinas. O mesmo pode acontecer no Brasil e isso irá permitir que o turfe nacional volte a ser o que era nos tempos áureos do setor no país”, disse.

José Carlos Lodi Fragoso Pires, diretor do Jockey Club de São Paulo, é outro defensor da regulamentação dos jogos em benefício ao turfe nacional. No encontro, ele destacou que o setor emprega mais de 600 mil pessoas diretamente e cerca de 3 milhões indiretamente e que a adoção do modelo dos racinos, como nos Estados Unidos, pode reativar a atividade com força no Brasil. “A permissão de oferta de jogos e máquinas nos Jockey Clubes brasileiros, assim como a captação de apostas sobre corridas gravadas, irá dar um novo impulso à atividade, garantindo o aumento das premiações e a quantidade de corridas”.

Felipe Carreras, relator da matéria no GT, saudou o apoio dos jockey clubes ao grupo de trabalho e que inserir o setor no texto final de seu relatório tem todo o seu apoio. “É saudável para o turfe que a atividade faça parte da nova realidade que o setor de jogos terá no Brasil e isso será fundamental para a retomada do turfe no cenário brasileiro”, concluiu.

Fonte: GMB