JUE 28 DE MARZO DE 2024 - 19:18hs.
Marco Aurélio Lage, empresário hoteleiro no MG

“A proibição dos jogos no Brasil impede de gerar empregos, desenvolvimento turístico e impostos”

Em entrevista exclusiva com Luiz Carlos Prestes Filho, Diretor Executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre, o empresário Marco Aurélio Lage, proprietário do Hotel Brasil na cidade de São Lourenço, Estado de Minas Gerais, assegurou que “a solução mais viável para a crise econômica atual será o retorno dos cassinos para fomentar o turismo. Será como dar oxigênio ao doente na UTI. Só com uma diferença, o governo não terá que fazer nenhum investimento”.

Filho do deputado federal Alcides Mascarenhas Lage, que exerceu o mandato nos anos de 1951-1953, Marco gosta de destacar que “a luta pela regulamentação dos jogos vem desde o berço”. “Meu pai foi pioneiro na apresentação de Projeto de Lei pedindo a volta dos cassinos, ainda na década de 1950, durante o segundo governo Getúlio Vargas”, afirmou Lage.

Luiz Carlos Prestes Filho: Como empresário do setor de turismo, qual a sua opinião sobre a possibilidade da volta dos cassinos em São Lourenço?
Marco Aurélio Lage:
Este é um momento de decisões importantes para o país, um socorro a geração de empregos e ao resgate do turismo, especialmente nas pequenas cidades do interior, cujo atividade econômica baseia-se na fonte de renda advindo do turismo. Durante seis meses a cidade de São Lourenço foi totalmente paralisada seguindo o protocolo estabelecido pelo governo estadual. Foi um desastre esta pandemia, causando o fechamento de hotéis, bares, restaurantes, lojas atingidas e até o Parque das águas.

A difícil situação econômica no país precisa da urgente regulamentação?
Milhares de pessoas perderam o emprego e o município perdeu a renda advinda dos visitantes desta tradicional estância. Foi uma catástrofe jamais vista. Estive com o novo prefeito Dr. Lessa e comentamos quais as alternativas que poderiam ser tomada para salvar a economia desta cidade turística “Berço do turismo brasileiro”. A solução mais viável será o retorno dos cassinos, para fomentar o turismo “seria como dar oxigênio ao doente na UTI”. Só com uma diferença, o governo não terá que fazer nenhum investimento e resolveria o problema social, fomentando o turismo interno nas instâncias tradicionais que ainda tem infraestrutura para viabilizar esta modalidade de diversão especialmente para a terceira idade, que não tendo aqui vão procurar em outros países. Compete agora as autoridades tomarem decisões patrióticas em benefício da classe trabalhadora e empresarial.

Além dos cassinos e bingos, quais atividades os jogos legalizados poderiam promover?
Certamente, a cidade de São Lourenço aliada a atividade de jogos recreativos poderia também atrair feiras e congressos especialmente por estar situada no eixo do PIB brasileiro Rio de janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

Então chegou a hora da regulamentação?
A vontade política pode resolver este problema! São 75 anos sem definição, impedindo nosso país gerar empregos, desenvolvimento turístico e consequentemente impostos.

Precisamos de Cassinos-resorts ou Cassinos Urbanos?
Há um projeto de lei apresentado pelo deputado Newton Cardoso Jr. que atende aos anseios desta e de outras cidades turísticas. Temos que diversificar. Cada cidade tem um potencial diferente. Seria positivo regulamentar todas a modalidades de jogos.

Existe um grupo de cidades mineiras que poderiam se beneficiar dos jogos regulamentados?
As cidades que possuem atualmente infraestrutura turística em Minas Gerais para receber, imediatamente, as atividades de cassinos, a meu ver, são: São Lourenço, Caxambu, Poços de Caldas e Araxá. Outras cidades necessitam de adequações para exercerem esta atividade futuramente.

Las Vegas, em Nevada (EUA), é uma cidade turística famosa pela vida noturna vibrante, com cassinos 24 horas e outras opções de entretenimento (Creative Commons). A gestão empresarial de jogos pode ser fiscalizada com eficiência e transparência?
Vamos ser práticos… quanto as normas e regulamentações, podemos simplesmente copiar aquelas existentes nos países onde os cassinos funcionam há anos, sem problemas. Exemplo: Macau, na China, copiou Las Vegas e fez certo, porque está dando certo. É bom ressaltar que não haverá investimento do governo, tudo será administrado pela iniciativa privada. Por tanto, aproveito a oportunidade para apresentar um trabalho que elaborado por ocasião do início das atividades dos navios estrangeiros de turismo no Brasil. Penso que o leitor poderá ficar mais informado.

Fonte: Luiz Carlos Prestes Filho – Diretor Executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre