VIE 19 DE ABRIL DE 2024 - 15:36hs.
Em evento com religiosos no Amazonas

Bolsonaro volta a manifestar-se contra a liberação dos jogos de azar no Brasil ante evangélicos

Em discurso durante evento com religiosos na capital do Amazonas no sábado, o presidente Jair Bolsonaro repetiu ser contra a liberação dos jogos de azar no Brasil. Ele percorreu as ruas de Manaus e cumprimentou seguidores durante horas em busca de apoio para sua reeleição presidencial. O discurso foi feito no evento Marcha para Jesus, no sambódromo da capital manauara.

Frente a uma plateia de evangélicos durante a Marcha para Jesus em Manaus, o presidente afirmou que a Zona Franca não será afetada por medidas econômicas do governo. "A Zona Franca de Manaus jamais será atingida por esse governo. Esse governo reduz impostos em todo o Brasil e a redução de impostos é benéfica para todo o País. Ninguém perderá nada aqui reduzindo imposto como IPI Imposto sobre Produtos Industrializados. Nunca vi um país crescer aumentando ou criando novos impostos", disse.

Em um breve discurso conservador, o presidente afirmou ser contra o aborto, bem como contra os quem o defendem. "Temos um só Deus, um só senhor. Quem serve a dois senhores não é digno de nos representar. Somos contra a ideologia de gênero. Nós respeitamos as nossas crianças em sala de aula. Nós somos contra a liberação das drogas. Também somos contra a liberação de jogos de azar no Brasil", afirmou para uma plateia de evangélicos que acompanhou a Marcha na capital amazonense.

Na pesquisa Datafolha divulgada nesta semana, Bolsonaro tem 39% das intenções de voto entre os evangélicos para o primeiro turno da eleição, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 36%, em um empate técnico no limite da margem de erro, de dois pontos porcentuais.

Cabe recordar que Bolsonaro já havia afirmado em fevereiro passado que vetará o projeto de lei que legaliza os jogos de azar no Brasil caso o texto seja levado para sanção. A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados e será analisada no Senado.

O que eu já decidi aqui e a Câmara toda sabe e os presidentes da Câmara e do Senado também sabem: uma vez aprovado a gente vai exercer nosso direito de veto. Para derrubar o veto, o veto é nominal, na Câmara tem que ter 257 votando ‘não’, metade mais 1 de 513. Acho difícil derrubar o veto. Mas se a Câmara derrubar, vai para o Senado”, declarou.

O chefe do Executivo lamentou a aprovação do texto e afirmou que tentou derrotar a proposta junto de aliados no Congresso. O projeto trata de cassinos, bingos, jogo do bicho e jogos on-line, que poderão ter licenças em caráter permanente ou por prazo determinado.

A Câmara, todo mundo sabe, e o Senado também têm autonomia. Alguns querem que eu reprove ou aprove certas coisas lá. Eu tenho meu limite. Fiz o que pude junto de alguns parlamentares mais chegados a gente para ver se derrotava o projeto lá, infelizmente foi aprovado”, disse.

Fonte: GMB