DOM 14 DE DICIEMBRE DE 2025 - 02:54hs.
ALSPI se defende

“A Rede Lotérica não pode ser descartada pela implantação de inovação”

(Exclusivo GMB) - O projeto de Loteria Digital da Caixa e uma frase polêmica de um funcionário da Stefanini despertaram a revolta dos lotéricos. Adriana Domingues, diretora de comunicação da ALSPI (Associação dos Lotéricos de São Paulo e Interior) afirma que “a Rede vem sendo tratada da forma marginal nesse processo e que os serviços financeiros bancários dão prejuízos às agencias”.

Depois da publicação da notícia "Loteria digital está nos planos da Caixa Econômica” muitos lotéricos entraram em contato com o Games Magazine Brasil enojados com uma frase do diretor de Inovação e Digital da Stefanini, Breno Barros. O funcionário da empresa de tecnologia comentou: "Os clientes não vão mais precisar ir às casas lotéricas para fazerem as apostas. A ideia é que tudo seja realizado por meio de aplicativo que vai mostrar, inclusive, os resultados das loterias e probabilidades de apostas com base nos números que mais saem”.

A propósito, Adriana Domingues, diretora de Comunicação da ALSPI (Associação dos Lotéricos de São Paulo e Interior) enviou um comunicado ao Games Magazine Brasil para esclarecer a posição da Rede frente a esse projeto e a notícia:

"A ALSPI entende que toda e qualquer iniciativa que traga facilidades ao consumidor é considerada válida e deve ser objeto de implementação pela CAIXA. As apostas pela internet são o futuro da Loterias Caixa e a migração para essa modalidade trata-se de uma realidade inexorável.

Não obstante esta realidade, a Rede Lotérica vem sendo tratada da forma marginal nesse processo. A Rede Lotérica sempre foi o principal canal de divulgação e operação de todas as Loterias CAIXA e é preciso lembrar que os empresários lotéricos investiram no negócio e precisam ser contemplados nesse processo de forma a não sucatear o volume de investimentos que fizeram.

Esta processo ainda é levado adiante em um momento em que a CAIXA continua em sua cruzada para desvalorizar a Rede por meio de uma política restritiva de distribuição dos lucros gerados com as loterias, mas principalmente a face mais nefasta dessa política vem a ser a política tarifária que têm levado as lotéricas ao estado falimentar que hoje se encontra, utilizando a Rede Lotérica como apêndice de sua estrutura bancária, ora em processo de redução do número de agências, e restringindo o reajuste das tarifas.

Ainda nesse sentido, é preciso que se diga que o volume de apostas e transações bancárias que ocorrem na Rede Lotérica são significativos o bastante para que a população que não tem acesso à internet, ou dispõe de acesso limitado à internet, não fique sem a opção de um local físico onde possa ir para realizar suas transações e poderem utilizar a Rede Lotéricas para serviços outros que não o fazem via internet.

Mas em um momento em que se fala de privatização das loterias, não há como esquecer que a Rede Lotérica representa a iniciativa privada que sempre apoiou a CAIXA em suas políticas, e agora não pode ser simplesmente descartada pela implantação dessa inovação quando, antes que outros agentes privados, deveria ser a primeira a ser considerada"

Em resumo, a rede lotérica depende dos jogos para não falir, pois os serviços financeiros bancários dão prejuízos ao lotérico. Temos uma defasagem de 15 anos, quando a Caixa passou a ajustar as tarifas abaixo da inflação anual, e vamos fazer 1 ano em Junho/16, sem Nenhum reajuste nos serviços bancários novamente".

Fonte: GMB