Com relação diretamente à Deusdina dos Reis Pereira, Vice-Presidente de Loterias, existem duas acusações que apontam envolvimento com Eduardo Cunha, deputado cassado e que atualmente está preso em Curitiba.
Na primeira acusação Deusdina foi apontada por Antônio Carlos Ferreira, vice-presidente Corporativo, de manter, junto com Roberto Derziê de Sant'Anna, Vice- Presidente de Governo; encontros frequentes com Cunha para tratar de operações da Caixa.
Em outra suspeita, a Vice-Presidente de Loterias é colocada como braço-direito de Fabio Cleto, vice-presidente da Caixa e primeiro a delatar irregularidades no banco e que após a demissão dele; ela teria se apresentado a Cunha como sua "substituta".
Os executivos acusados não devem deixar os postos agora. Segundo a presidência da república a situação dos executivos não contraria a Lei das Estatais, que disciplina a nomeação de diretores e conselheiros de empresas públicas.
Em nota, a Caixa informou ter um "sistema de governança adequado à Lei das Estatais", o que faria com que "a maior parte das recomendações do MPF (Ministério Público Federal) já estejam implementadas, em implementação ou em processo de estudo pelas suas instâncias decisórias" e que vai responder formalmente ao MPF sobre o pedido de afastamento de todos os vice-presidentes a partir desta segunda (8), quando termina o recesso da Procuradoria da República no Distrito Federal.
O presidente, Gilberto Occhi, e os vice-presidentes não se pronunciaram.
Fonte: GMB / Folha de S. Paulo