“A nossa posição, naturalmente, é de estímulo à negociação. Queremos que as partes se entendam e obviamente vamos prestigiar esse caminho de negociação que é sempre o melhor caminho”, ponderou Cássio.
Os lotéricos querem que seja aprovado o texto que tramita no Senado, mas a Caixa diz que o reajuste sugerido acabará provocando o fechamento de diversas lotéricas. Valter Nunes argumenta que concessionárias, como a Companhia Paranaense de Energia e a Companhia Energética de Pernambuco, já disseram que vão dispensar o serviço, pois ficará muito caro.
Ainda segundo Nunes, como, em algumas lotéricas, a arrecadação dos jogos não é suficiente para sustentar os serviços, a falência será um risco e significará prejuízo também para a população. Ele lembrou que há municípios onde os cidadãos contam com serviços bancários somente por meio das lotéricas.
Em contrapartida aos reajustes apresentados no projeto, a Caixa prepara uma nova tabela em comum acordo coma Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para discussão com os lotéricos. Outra proposta a ser apresentada determina o mês de abril como data-base para o reajuste dos valores repassados.
Cássio explicou que o Plenário do Senado decidiu esperar até quarta-feira (25) para que as partes concluam a negociação. A previsão é a votação de urgência para o projeto no mesmo dia para que o PLC entre efetivamente na pauta de votação na semana seguinte.
“Por lealdade da relação, devo preveni-los que o ambiente na Casa, se a negociação não prosperar, é atender aos lotéricos. Porque, se eles que são a parte interessada estão assumindo os riscos de todos esses efeitos colaterais, é muito provável que se aprove aqui no Senado”, afirmou Cássio.
Fonte: GMB/ Agência Senado