“O primeiro IPO deve ser o de loterias e já está bastante adiantado. Pelo menos dois devem acontecer este ano e até junho de 2020 a expectativa é ter quatro. Além da B3, nossa expectativa é abrir o capital dessas subsidiárias da Caixa também na Bolsa de Nova York”, garantiu ele, que observou que abrir o capital nos Estados Unidos eleva o nível de governança das empresas.
Guimarães disse que a venda de ações das subsidiárias do banco, que incluem os segmentos de loterias, seguros, cartões e gestão de recursos não dependem de autorização do Congresso. Segundo ele, essas operações fazem parte de seu mandato como presidente da Caixa.
O executivo afirmou que quer atrair pessoas pessoas físicas para os IPOs dessas empresas. A ideia é vender entre 10% e 20% do capital das subsidiárias e depois fazer novas operações de vendas. “Essas operações também têm um fator social que é aumentar a base de investidores do país”, disse Guimarães.
O presidente do banco afirmou ainda que as ações de empresas que estão sob gestão da Caixa Econômica Federal em fundos de investimento, incluindo os papéis da Petrobras, serão vendidas. A Caixa tem cerca de R$ 6 bilhões em ações ordinárias da Petrobras e R$ 2 bilhões de preferenciais da petrolífera. Mas a venda desses papéis será feita em coordenação com o BNDES, que também tem ações da estatal.
“Por que vou tomar risco de Bolsa se algumas ações que temos já valorizaram muito? Muitos desses fundos têm demanda social. O ministro já deu ok para essa venda, mas o timing da operação tem que ser coordenado com o BNDES”, afirmou.
Guerra das maquininhas
O presidente da Caixa disse também que o banco vai entrar na guerra das maquininhas de pagamento. Ele afirmou que a CEF é o único banco, entre os grandes que não atua nesse segmento. “Somos o único banco que não tem uma adquirente. Isso vai mudar em dois meses”, Guimarães.
Ele observou ainda que a Caixa tem 96 milhões de cartões de débito e 5 milhões de cartões de crédito, e que pretende lançar um cartão de crédito consignado, com taxas de juros baixas. A meta dele é chegar aos 30 milhões de cartões de consigando. Além disso, pretende lançar um cartão de crédito consignado, com taxas de juros mais baixas. A meta é chegar a 30 milhões de unidades, mas ele não deu prazo.
Fonte: O Globo