SÁB 4 DE MAYO DE 2024 - 05:30hs.
Expectativa

Com a Lotex e outros ativos, Caixa espera levantar R$ 100 bilhões no mercado de capitais

A Caixa espera conseguir R$ 100 bilhões no mercado de capitais com cerca de 40 operações, disse o vice-presidente de finanças e controladoria do banco, André Laloni. Está marcado para o dia 26 de abril o leilão de concessão da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex). O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse ver a operação como muito positiva. 'Quanto mais competição, melhor'. Por outro lado, o banco vai usar a rede de correspondentes e loterias para vender seguros e cartões'.

"A expectativa é de gerar quase R$ 100 bilhões com essas operações", afirmou Laloni, mencionando subsidiárias da Caixa e ativos em fundos de governo administrados pelo banco como alvos das transações. "Está tudo sob análise", disse. O prazo para a realização de todas as operações não foi detalhado.

Está marcado para o dia 26 de abril o leilão de concessão da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex). O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse ver a operação como muito positiva. "Quanto mais competição, melhor".

Em janeiro, o banco anunciou que pretende vender pelo menos quatro de seus ativos nos próximos 12 meses. Segundo Guimarães, duas operações já estão programadas para o segundo semestre deste ano: as divisões de cartões e seguridade.

Já as áreas de gestão de recursos (assets) e lotéricas do banco estão previstas para o primeiro semestre de 2020. "A área de asset demora mais porque precisa de autorização para abrir a empresa. Todas as demais já estão abertas", disse o presidente da Caixa.

Por ser uma estatal 100% pública, diferentemente da Petrobras e Banco do Brasil, que negociam ações na bolsa, a Caixa pode vender suas subsidiárias para levantar recursos e pagar uma dívida de R$ 40 bilhões do banco com a União.

Caixa vai usar rede de correspondentes e loterias para vender seguros e cartões

A Caixa Econômica Federal vai usar toda a sua rede de varejo para aumentar a venda de produtos de seguros e cartões. O presidente do banco, Pedro Guimarães, afirmou que lotéricas e correspondentes bancários são uma alternativa que complementa o atendimento de uma agência bancária.

“Estamos avaliando como essas redes podem ajudar em termos de receita”, disse aos jornalistas durante apresentação dos resultados do banco. A instituição conta com uma rede de 13 mil lotéricas e 8,5 mil correspondentes bancários exclusivos. A ideia é que esses pontos sejam usados não só para o recebimento de contas, mas também para a venda de seguros de menor valor e produtos de investimentos.

A Caixa registrou um lucro líquido recorrente (que não considera operações extraordinárias) de R$ 12,7 bilhões em 2018, uma alta de 40% em relação ao apresentado em 2017. No período, as receitas com prestação de serviços subiram 7,2%, totalizando R$ 26,8 bilhões. A carteira de crédito chegou a R$ 694,5 bilhões, redução de 1,7%. 

A estratégia do banco contempla também a abertura de capital de quatro unidades de negócios. A de cartões e seguros devem realizar a sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no segundo semestre. Já as loterias e a gestora de recursos (asset) ficam para o primeiro semestre do ano que vem.

Guimarães afirmou que as operações são necessárias para que a Caixa possa ter recursos para se dedicar às suas principais atividades (crédito habitacional, infraestrutura e operações com pessoas físicas) e também devolver ao Tesouro um total de R$ 40 bilhões. ‘O ministro da Economia, Paulo Guedes, nos deu quatro anos para isso. Vamos devolver se tiver espaço para isso”, afirmou.

Fonte: GMB