Em reunião encerrada ontem em Brasília, e após conhecer a recusa da SECAP em autorizar os aumentos, as autoridades da área da Loterias da Caixa informaram aos seus pares da Secretaria que não estão satisfeitos com a decisão e insistirão em um recurso que será apresentado nos próximos dias ao próprio SECAP.
A Caixa Econômica Federal (CEF) encaminhou o ofício SUALO nº 010/2019, datado de 16 de maio de 2019, a SECAP. Por meio desse ofício, a CEF solicitou o reposicionamento dos preços dos produtos lotéricos Mega-Sena (28,5%), Lotofácil (25%), Quina (33,3%), Lotomania (66,6%), Dupla Sena (25%), Timemania (50%), Loteca (50%) e Lotogol (50%).
Para a justificativa de reajuste dos preços dos produtos lotéricos, o banco estatal mencionou a defasagem com o índice oficial de inflação, o IPCA, e a evolução dos custos e despesas operacionais da administração das loterias, além da manutenção das unidades lotéricas, com o intuito, segundo a própria CEF, de resguardar a rentabilidade do negócio.
O Ofício da CEF mencionado acima chegou com alguns estudos sobre a elasticidade do preço da demanda das loterias, concluindo que as projeções para os próximos 12 meses, posterior à entrada em vigor dos reajustes, representariam incremento da ordem de R$ 1,2 bilhão em relação ao mesmo período de 2018, o que acarretaria na elevação de 9,25% na arrecadação total, R$ 599 milhões aos beneficiários sociais e R$ 410 de premiação bruta concedida.
Área técnica da SECAP também realizou a análise com o objetivo de apresentar estudo ante ao impacto do aumento de preço de produtos lotéricos sobre a arrecadação. A justificativa para que a SECAP também tenha realizado o referido estudo se apoia no fato de que as loterias têm por obrigação legal recolher parte de sua receita para fins sociais. O estudo completo contém 53 páginas.
Deste modo, há a preocupação, por parte da autoridade reguladora, com as restrições legais associadas à perda de arrecadação federal. Nesse sentido, na sua reposta, a SECAP incluiu o anexo nº 3129730 que apresenta o referido estudo, contendo seu desenvolvimento teórico, seus modelos econométricos e as estimativas dos parâmetros de interesse.
Nas considerações finais de seu resolução, o Ministério de Economia informa:
Este é o ofício que a Secretaria enviou para a Caixa para informar sua decisão junto ao estudo de 53 páginas que fundamentam a decisão:
Fonte: GMB