DOM 19 DE MAYO DE 2024 - 18:39hs.
Segundo o IBGE

IPCA indica uma inflação de 40% dos jogos de azar

O estudo do IBGE, divulgado há pouco sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), revelou que o jogo de azar foi o item não-alimentício que teve alta de preço mais acentuada, comparando os anos de 2018 e 2019. A variação acumulada entre os anos foi de 40,3%. No índice geral, foi o quarto item que mais impactou no IPCA. Perdeu para a carne, plano de saúde, energia elétrica residencial e ficou empatado com a gasolina e ônibus urbano.

O IPCA acelerou para 1,15% em dezembro de 2019, a maior alta desde junho de 2018 (1,26%), puxado, sobretudo, pelo avanço dos preços das carnes (bovina e suína), dos combustíveis e jogos de azar, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No último mês de 2019, os preços das carnes avançaram 18,06% na comparação com novembro. Foi o maior impacto individual sobre o IPCA do período, de 0,52 ponto percentual.

O movimento era esperado por analistas. Os preços das carnes subiram refletindo a maior procura da China. O país tem demandado mais proteínas do mundo após a peste suína africana dizimar parte de seu plantel ao longo do ano.

Os combustíveis também tiveram impacto na inflação de dezembro ao registrar elevação de 3,57%. Com reajustes nas refinarias da Petrobras, a gasolina ficou 3,36% mais cara no mês. O preço do etanol também avançou, em 5,50%. O grupo Transportes — que inclui os combustíveis — teve aumento de 1,54% em dezembro. As passagens aéreas também contribuíram para a alta do grupo no último mês de 2019, ao verificar elevação de 15,62%.

Outro destaque de dezembro foi o grupo Despesas pessoais (+0,92%), ainda influenciado pela alta em jogos de azar (12,88%), efeito do reajuste nos preços das apostas, com vigência desde 10 de novembro. É o item não-alimentício que teve alta de preço mais acentuada, comparando os anos de 2018 e 2019. A variação acumulada entre os anos foi de 40,3%.

No lado das quedas, Habitação registrou baixa de 0,82% no mês, com impacto da energia elétrica, que ficou 4,24% mais barata. Em dezembro, passou a vigorar a bandeira amarela, com cobrança adicional menor do que a bandeira vermelha, vigente em novembro.

Fonte: GMB/ Valor Econômico