DOM 21 DE DICIEMBRE DE 2025 - 11:14hs.
R$ 70 mil para os ganhadores

O 3º Prêmio Secap Loterias 2019 teve sua cerimônia online com patrocínio da Caixa

Aconteceu pelo YouTube na tarde de sexta-feira, 28/08 a cerimônia do 3º Prêmio Secap Loterias 2019 que escolheu as melhores monografias sobre o tema, patrocinado pela Caixa Econômica Federal. O recém nomeado secretário de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia, Pedro Calhman de Miranda, entregou a distinção ao primeiro colocado, Charles Henrique Correa, que ganhou R$ 40 mil pelo seu trabalho “O perfil dos apostadores de loteria no Brasil: análise de Box-Cox Double Model com microdados da POF 2017-2018”.

O concurso também foi realizado pela Enap (Escola Nacional de Administração Pública) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

Com Calhman de Miranda, estiveram presentes Rodrigo Hori, superintendente nacional de Loterias (Sualo) da CEF, professor Paulo Motta, representante da FGV, Diogo Costa, presidente da Enap, e o professor José Luiz Pagnussat, presidente e representante da comissão julgadora do prêmio, que compuseram a mesa de honra da cerimônia.

Waldir Marques Jr. Subsecretário de Prêmios e Sorteios do Ministério da Economia, também esteve presente para prestigiar a entrega do prêmio.

Na abertura do evento, foi apresentado um vídeo institucional da Caixa, destacando a importância da atuação do banco e sua proximidade com a sociedade brasileira.

 

 

Ao saudar os presentes, José Luiz Pagnussat comentou que nesta edição do Prêmio Secap de Loterias, foram recebidas 28 monografias, “sendo que a maioria dos participantes do prêmio são pessoas com nível de pós-graduação (mais de 75%) e um grande número de doutores e mestres”. Segundo ele, todas as regiões brasileiras, representando 14 estados, participaram do concurso. De acordo com o presidente da comissão julgadora, todos os trabalhos foram de altíssimo nível e isso deixou “a comissão querendo premiar mais trabalhos, uma vez que foram apresentados excelentes trabalhos”.

Diogo Costa, da Enap, disse que “é uma satisfação trabalhar com a Secap e colaborar com a inovação no planejamento por meio da pesquisa e conhecimento.” Segundo ele, os trabalhos premiados mostram isso e desafiam o status quo, "trazendo pesquisas que são aplicadas e que têm consequências práticas para o serviço público nacional”. De acordo com ele, “o jogo no Brasil, proibido desde 1946, torna difícil sair do status quo. Começamos a aceitar como natural que o monopólio do jogo ficasse nas mãos do governo. Hoje existe uma nova visão da própria Secap, bem como dos premiados, de mudar a governança lotérica no Brasil. Vemos que isso é muito necessário”.

O presidente da Enap trouxe um dado interessante sobre o perfil do jogador brasileiro de loteria, “que ganha até dois salários mínimos e o retorno das loterias, de R$ 0,30 para cada R$ 1 jogado é bem diferente da realidade dos cassinos de Las Vegas, onde o retorno médio é de US$ 0,88 para cada US$ 1 apostado.” Ao final de sua saudação, disse que “devemos criar um serviço público que gere mais valor para a sociedade brasileira e políticas públicas que valorizem mais o brasileiro, fazendo com que o governo cumpra cada vez mais seu papel, mas que saiba o papel que deve ser cumprido pelo setor privado e pela sociedade civil”.

Paulo Motta, da FGV, disse sentir-se honrado pelo fato de a Fundação Getúlio Vargas mais uma vez ser parceira da importante iniciativa da Secap e especialmente da Caixa Econômica Federal. “Nesse momento, amplia-se o hiato entre o surgimento de problemas e a capacidade de repostas adequadas e rápidas. Todos no campo profissional esperam a contribuição de especialistas e estudiosos, pois todos precisamos de resultados para melhorar a administração. Por isso, o incentivo à produção de novas ideias faz parte de uma tentativa de obter soluções de maior aplicabilidade para novos contextos sociais e econômicos”.

 

 

Rodrigo Hori, superintendente da Sualo, disse que é muito importante para a Caixa fomentar o estudo e análise do mercado de loterias. “Para nós, que mexe com loterias diariamente, estamos conscientes do papel das loterias para a sociedade e é muito importante termos esse tipo de ação para que possamos estar sempre buscando o ótimo, melhorando nosso patamar das loterias”, disse. “Os repasses sociais, cerne e objetivo maior da loteria, é muito importante. Mesmo neste período de pandemia, onde tivemos um decréscimo nas apostas, a loteria vem num patamar que consegue recuperar e mostrar um nível de recuperação acelerado. Em julho e agosto superamos marcas de 2019, o que é uma grata surpresa, já que a loteria não faz parte do bem de consumo primário. A loteria traz um papel social para a sociedade e o público tem isso em mente, uma vez que já passamos mais de R$ 4 bilhões para causas sociais”, afirmou.

Pedro Calhman de Miranda, secretário de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia, disse que "temas como o deste ano, de regulação de loterias no Brasil e aspectos de  responsabilidade social corporativa, são muito importantes para a Secap, em especial tópicos como o perfil dos apostadores, desenvolvimento da atividade lotérica no Brasil, concorrência em novas tecnologias, economia comportamental e transtornos do jogo, contribuirão para a atuação da Secap em sua atuação”.

Foram premiados com menção honrosa Roberto Macedo (Uma Análise das Loterias de Sorteios com Base na Economia Comportamental) e Allison Silva dos Santos (Rastreamento do Transtorno do Jogo: um panorama sobre os apostadores esportivos brasileiros).

Roberto Domigos Taufick recebeu das mãos de Rodrigo Hori o troféu de terceiro colocado, por seu trabalho “Mercado de Loterias no Brasil: Concorrência, governança e responsabilidade social na era de blockchain”, que lhe rendeu também a premiação de R$ 10 mil.

Adriana Fiorotti Campos foi agraciada com R$ 20 mil pelo segundo lugar no concurso pelo trabalho “Políticas Públicas, Regulação e Práticas de Responsabilidade Social Corporativa: propostas para o desenvolvimento da atividade lotérica no Brasil após a concessão da Lotex”.

O primeiro lugar do concurso ficou com Charles Henrique Correa, que ganhou R$ 40 mil pelo trabalho “O Perfil dos Apostadores de Loteria no Brasil: análise de Box-Cox Double Hurdle Model com microdados da POF 2017-2018”. O troféu foi entregue pelo secretário de Loteria do Ministério da Economia, Pedro Calhman de Miranda. Charles disse sentir-se gratificado pelo prêmio e que espera “que a pesquisa seja útil para um melhor entendimento do mercado de loterias”.

Sobre a pesquisa, disse ter abordado o jogo responsável como um tema importante para as políticas e práticas de proteção aos apostadores de loterias. “Para isso, estudei o tamanho, características e composição demográfica do mercado de apostadores. Com base na Pesquisa de Orçamento Familiar 2017-2018 do IBGE, analisei a participação e os gastos da população nas modalidades lotéricas do Brasil. Os resultados mostraram que em um ano quase 6 milhões de pessoas apostaram na loteria, sendo a mega-sena a preferida e mais de 80% apostaram em apenas uma modalidade, sendo que as demais apostaram entre uma e três modalidades. Na análise multivariada identifiquei que quanto maior a renda, maior a probabilidade de maiores gastos em loteria. Por fim, o estudo aponta algumas possibilidades de políticas e práticas de jogo responsável, como a promoção da educação financeira dos apostadores e avaliação do impacto das políticas de jogo responsável”.

Fonte: GMB