VIE 26 DE ABRIL DE 2024 - 19:50hs.
Estado de São Paulo

Poá deverá faturar pelo menos R$ 3 milhões por ano com a 1ª loteria municipal do Brasil

Depois de sucessivas perdas econômicas que têm levado a Prefeitura de Poá a uma situação financeira cada vez mais complicada, a cidade deverá contar, a partir de 2022, com uma nova fonte de recursos. Com projeto de lei já aprovado no Legislativo poaense, a prefeitura está concluindo os estudos para lançar a concessão pública da primeira loteria municipal do Brasil. A expectativa inicial de arrecadação é de R$ 250 mil por mês, sem que isso signifique aumento de impostos aos moradores.

Assim que assumiu o mandato, a prefeita Marcia Bin (PSDB) convidou o advogado João de Oliveira para assumir a Chefia de Departamento de Assistência Parlamentar e Governamental. Sua tarefa seria encontrar novas fontes de recursos para a cidade sem onerar o bolso dos contribuintes. Foi aí que ele se debruçou no projeto de implantação da loteria municipal, iniciativa voltada ao entretenimento e à exploração de jogos.

Em setembro do ano passado, o STF [Supremo Tribunal Federal] liberou a exploração de jogos por parte dos municípios do Brasil, a exemplo do que a União já faz com as Loterias da Caixa. Como se trata de um serviço que não cria novos impostos ou tributos para a população, gera emprego e renda e, principalmente, é uma fonte contínua de recursos, a prefeita Marcia decidiu apostar nesse modelo”, explicou Oliveira.

Segundo o que estabelece a lei municipal, a prefeitura poderá repassar a concessão do sistema de loteria para uma entidade privada, uma vez que a administração municipal não possui experiência na exploração do serviço.

Nesse caso, 55% da arrecadação é utilizada para o pagamento de prêmios, e o restante é dividido entre a empresa contratada e o município. Ainda de acordo com a legislação, a prefeitura pode aplicar os recursos nas áreas de esportes, assistência social e segurança urbana.

Nós estamos na fase de finalização dos estudos de operacionalização e construção do arcabouço jurídico, operacional e tributário, uma vez que Poá deverá ser a primeira cidade do Brasil a implantar tal serviço. Nós seremos vanguarda nesse sentido, portanto, o projeto exige cautela”, concluiu Oliveira.

Fonte: Lailson Nascimento – Gazeta Regional